São Paulo tem a cesta básica mais cara do país em setembro e vale 67% do salário mínimo

São Paulo tem a cesta básica a mais cara do país, com valor de R$ 750,74, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de setembro.

O valor dos alimentos no estado representa 66,96% do salário mínimo líquido, apontou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese.

O custo foi 0,13% mais caro do que em agosto, no acumulado do ano, o valor da cesta básica aumentou em 8,72%. Já em relação a setembro de 2021, a cesta básica está 11,48% mais cara.

Brasil

No país, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu ante agosto em 12 das 17 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa.

As reduções mais significativas no custo foram em: Aracaju (-3,87%), Recife (-3,03%), Salvador (-2,88%) e Belém (-1,95%).

Enquanto os maiores aumentos foram registrados em Belo Horizonte (1,88%), Campo Grande (1,83%), Natal (0,14%), São Paulo (0,13%) e Florianópolis (0,05%)

Entre setembro de 2022 e setembro de 2021, todas as capitais tiveram alta no preço da cesta básica, com variações que oscilaram entre +8,41%, em Vitória, e +18,51%, em Recife.

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Salário mínimo

Levando em conta o preço dos alimentos em São Paulo, onde a cesta básica é mais cara, o Dieese calculou que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.306,97.

O valor definido equivale a 5,20 vezes o atual mínimo de R$ 1.212,00. Em agosto, o valor necessário era de R$ 6.298,91 e também correspondeu a 5,20 vezes o piso mínimo.

Em setembro de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 5.657,66 ou 5,14 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.

O Dieese estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

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