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Saques de clientes da FTX nas Bahamas são foco de investigações

13 dez 2022, 8:56 - atualizado em 13 dez 2022, 8:56
FTX Falência Alameda
A abordagem em relação aos ativos associados à FTX.com em meio ao colapso é um ponto crítico para credores que vasculham as ruínas do grupo (Imagem: Crypto Times)

Autoridades das Bahamas que investigam a quebra da corretora de criptomoedas FTX investigam o papel que ex-executivos da empresa podem ter desempenhado em saques de clientes, mesmo depois de o governo ter congelado ativos na plataforma no mês passado, segundo pessoas com conhecimento direto do inquérito.

Reguladores e a polícia de crimes financeiros buscam pistas se os cofundadores da FTX, Sam Bankman-Fried e Gary Wang, estiveram envolvidos ou tinham conhecimento prévio das transações, de acordo com as fontes. Autoridades locais entrevistaram Bankman-Fried em sua residência em Nassau várias vezes como parte da investigação, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada.

A abordagem em relação aos ativos associados à FTX.com em meio ao colapso é um ponto crítico para credores que vasculham as ruínas do grupo.

Autoridades das Bahamas também examinam a rede de relacionamentos entre a FTX.com, que é registrada no país como FTX Digital Markets, e a Alameda Research, o braço de trading da corretora de Bankman-Fried.

Representantes da agência reguladora de valores mobiliários das Bahamas e da polícia não quiseram comentar. Um representante de Bankman-Fried também não comentou. Wang não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

As Bahamas anunciaram o bloqueio de ativos da FTX.com e nomearam um liquidador provisório um dia antes de mais de 100 outras associadas pedirem recuperação judicial sob a Lei de Falências nos EUA em 11 de novembro.

Apesar dessas medidas, algumas retiradas da plataforma por clientes locais continuaram, o que deu origem a rumores e acusações.

O regulador de valores mobiliários das Bahamas chegou a emitir um comunicado em 12 de novembro dizendo que não havia autorizado retiradas de clientes no país. Essas transações podem ser revertidas e recuperadas como parte do processo de recuperação judicial, disseram autoridades.

Ao mesmo tempo, após o pedido de proteção contra credores nos EUA, que não incluiu a unidade das Bahamas, as autoridades do país insular solicitaram que os ativos da FTX.com fossem transferidos para carteiras controladas pelo governo “para benefício de clientes e credores”. Os advogados responsáveis pela reestruturação da FTX nos EUA criticaram essa medida.

Autoridades das Bahamas, assim como suas contrapartes nos EUA, estão investigando o colapso da FTX há cerca de um mês.

Em várias entrevistas à imprensa nas últimas semanas sobre o colapso da FTX, Bankman-Fried disse que não infringiu intencionalmente as leis no comando do grupo.

O órgão regulador de valores mobiliários das Bahamas tem visibilidade sobre as operações da FTX Digital Markets porque esta era supervisionada diretamente por agentes locais, disse a pessoa.

No entanto, as autoridades carecem de informações semelhantes sobre a Alameda e outras entidades vinculadas à FTX, que foram registradas para atuar nas Bahamas, mas não regulamentadas tão extensivamente.

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