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Se balanço da CESP divide opiniões, melhor focar no que interessa: dividendos

30 jul 2021, 14:42 - atualizado em 30 jul 2021, 14:51
Energia Elétrica Setor elétrico
O grande destaque positivo do trimestre foi a robusta geração da caixa da CESP, que atua no setor elétrico (Imagem: Pixabay)

O setor elétrico é muito apreciado pelos investidores por um motivo bastante óbvio: dispõe várias ações boas pagadoras de dividendos, caso inclusive da CESP (CESP6), Companhia Energética de São Paulo, que divulgou recentemente seu resultado no segundo trimestre ao mercado.

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O balanço da companhia elétrica dividiu opiniões, conforme três relatórios distintos obtidos pelo Money Times. Teve analista que gostou mais, outro menos, portanto, nestas situações o ideal é olhar o que realmente importa: os dividendos.

“O grande destaque positivo do trimestre foi a robusta geração da caixa da companhia – mesmo atravessando a fase mais aguda do déficit hídrico e todo custo na aquisição de energia, CESP gerou R$ 273 milhões em fluxo de caixa operacional livre”, enfatiza o analista Vitor Sousa, que atua na Genial Investimentos.

De acordo com o especialista, a CESP tem níveis de endividamento muito saudáveis e que não devem afetar a distribuição de dividendos da empresa olhando adiante – que deve fechar o ano com um rendimento de 9-10% se consideradas as cotações atuais da companhia.

A CESP reportou prejuízo líquido de R$ 18 milhões no período. Em contrapartida, a forte geração de caixa foi o destaque do balanço corporativo.

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O EBITDA, que mede o resultado operacional, de R$ 230 milhões veio 1,1% acima das expectativas do Safra, por outro lado, o indicador ficou 26% abaixo do consenso do mercado.

O analista Daniel Travitzky adverte que deve ocorrer uma reação negativa por parte do mercado, à medida que os números vieram abaixo do consenso.

Dando nome aos bois

Resultado da CESP é mordido, principalmente, devido uma maior compra de energia no trimestre necessária para compensar o risco da falta d’água (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A XP Investimentos já dá nome ao que corroeu e impediu um resultado mais satisfatório à CESP no trimestre: a crise hídrica.

“O resultado veio abaixo de nossas expectativas, principalmente devido uma maior compra de energia no trimestre necessária para compensar o menor GSF, causado pela situação hidrológica no Brasil“, apontam os analistas especializados Victor Burke e Maíra Maldonado.

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O termo GSF (Generation Scaling Factor em inglês), é uma medida do risco hidrológico, corresponde à relação entre o volume de energia elétrica que é gerado pelas usinas e sua garantia física.

No entanto, a corretora aposta na capacidade da CESP de mitigar os efeitos negativos e a mantém como a ação favorita do setor.

Confira a seguir as recomendações para a ação da CESP (CESP6):

Recomendação Preço-alvo (R$) Potencial (%)
Genial Compra 34 41
Safra Compra 33,5 40
XP Compra 34 41
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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.