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Se Petrobras quiser lucros gordos, terá que manter política de preços

13 mar 2021, 18:08 - atualizado em 13 mar 2021, 18:08
Petrobras
Sem os ajustes, a companhia corre o risco de voltar a amargar prejuízos, aponta a Planner em relatório enviado a clientes (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Depois de gestões desastradas, a Petrobras (PETR3;PETR4) conseguiu se reerguer, voltando a apresentar resultados fortes.

Mas isso só foi possível graças a política de paridade com o preço internacional do petróleo e a redução de despesas.

Sem os ajustes, a companhia corre o risco de voltar a amargar prejuízos, aponta a Planner em relatório enviado a clientes.

“Acreditamos ainda que se a nova administração mexer nos pilares de gestão da Petrobras dos últimos anos (corte de custos/despesas, vendas de ativos e contenção dos investimentos), a empresa voltará a apresentar os mesmos resultados ruins do passado”, afirma o analista Luiz Francisco Caetano.

Para a corretora, a Petrobras tem tudo para repetir o bom desempenho e apresentar fortes lucros: o preço do petróleo está em alta, a demanda doméstica por combustíveis cresce e a taxa de câmbio é favorável.

“No entanto, estes resultados só vão ocorrer se a política atual de preços for mantida e isso foi colocado em dúvida em face do presente processo de substituição do presidente da empresa”, aponta.

Joaquim Silva e Luna
Em entrevista, o general afirmou que “há questões que praticamente não temos o poder de alterar, como o câmbio e o preço internacional do petróleo” (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

No mês passado, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para assumir a presidência da estatal, no lugar de Roberto Castello Branco, que está no cargo desde o início do governo.

A mudança ocorreu após a disparada dos preços dos combustíveis, o que desagradou caminhoneiros e grupos de apoio do presidente.

Em entrevista, o general afirmou que “há questões que praticamente não temos o poder de alterar, como o câmbio e o preço internacional do petróleo”.

Céu de brigadeiro

A cotação da commoditie já disparou 30% neste ano. Segundo projeções feitas pela Energy Information Administration (EIA), órgão do governo dos Estados Unidos, o preço médio do Brent em 2021 será de US$ 60,67 por barril, alta de 45,5% em relação a 2020.

Diante das condições favoráveis, a Planner elevou o preço-alvo da Petrobras de R$ 26 para R$ 30, o que implica potencial de valorização de 29%. A recomendação é de compra.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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