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Semana de trabalho de 4 dias: “Não é sobre trabalhar menos, mas de forma mais eficiente”, diz CEO da Winnin

17 jul 2022, 10:00 - atualizado em 15 jul 2022, 14:52
CEO e co-fundador da Winnin, Gian Martinez
CEO e co-fundador da Winnin, Gian Martinez (Imagem: Reprodução Youtube/Winnin)

O que você faria com um dia a mais na sua semana? Ter mais tempo livre e uma rotina não tão consumida pelo trabalho é o desejo de muitos profissionais. Uma semana de trabalho de quatro dias pode ser a solução ao final desse túnel.

No mês passado, essa vontade se tornou realidade para milhares de trabalhadores do Reino Unido. Parte dos britânicos começaram a experimentar o maior teste do tipo: eles recebem 100% do salário por trabalharem 80% da semana habitual.

No Brasil, essa já é uma realidade para muitos profissionais. Por enquanto, a mudança tem sido adotada mais em companhias de tecnologia, como Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e Eva Benefícios.

Eficiência, felicidade e qualidade

A Winnin, plataforma que mapeia o consumo de vídeos on-line e ajuda marcas do mundo todo a criarem conteúdos relevantes baseados em dados, é adepta a semana de quatro dias a quase um ano.

Como precursora a empresa foi sentido o efeito da medida ao longo dos meses como conta o CEO e co-fundador da marca, Gian Martinez. Ele defende que a iniciativa “não é sobre trabalhar menos, mas (trabalhar ) de forma mais eficiente”. 

De maneira geral, os dois grandes impactos para o negócio foram o aumento da eficiência e algo que Martinez define como “parar de gastar tempo com coisas que tinham baixo valor agregado”.  

Para os colaboradores, o resultado está na felicidade e qualidade, “o time tem tido mais tempo para investir na educação e desenvolvimento”. Esse progresso é visto tanto no pessoal quanto no profissional algo que, para o CEO, já dá retornos para a empresa. 

Menos dias trabalhando e mais foco

“Hoje somos uma empresa melhor”, afirma Martinez, acrescentando que a companhia está mais focada, pois com a adoção da semana de quatro dias foi possível rever questões estruturais, “vimos que muitas áreas estavam com mais pessoas do que precisava”.

Para ele, o modelo remoto ajudou a conquistar esses resultados positivos, principalmente, na produtividade. “Hoje presencial não existe mais para a gente”, diz o CEO.

Dentro do negócio foi especialmente avaliado as metas e como as pessoas organizam a vida para adotar essa iniciativa. “Estávamos percebendo a questão da saúde mental. Foi um impacto direto e positivo”.

O importante é bater metas

A eficiência é ponto central para a semana de trabalho de quatro dias, refletindo em uma mudança de mentalidade, como aponta o executivo da Winnin.

Para a empresa, a reformulação de algumas rotinas foi fundamental. Reuniões que poderiam ser e-mails diminuíram e agora elas têm, no máximo, 30 minutos. A comunicação e os objetivos também foram revistos, com maior integração entre as áreas, pois “o importante é bater metas”.

O futuro do trabalho

Em tempos de trabalho flexível e sexta curta, Martinez considera a semana de trabalho reduzida como uma evolução dessas iniciativas.

O consolidado modelo atual, de jornada de cinco dias, é pautado nas fábricas e teve como pioneiro o norte-americano Henry Ford.

“Hoje como boa parte das empresas tem a produção pautada no intelectual isso [a semana tradicional de cinco dias] passou. […] A mudança vai acontecer e é constante”, considera o CEO que vê uma evolução e adaptação do trabalho para a nova forma de viver.  

Além disso, a pandemia da Covid-19, para ele, chacoalhou as estruturas, forçando a testar outros modelos e a pensar “por que não?”

Olhando para frente, Martinez acredita que o “futuro do trabalho vai ser remoto, flexível e priorizar mecanismos ligados a criatividade e a parte intelectual”. 

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Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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