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Sigilo de 100 anos: Lula libera gastos de cartão corporativo de Bolsonaro

12 jan 2023, 11:53 - atualizado em 12 jan 2023, 11:53
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Lula liberou os gastos com cartão corporativo feitos na gestão de Bolsonaro (Imagem: Twitter/Flávio Bolsonaro)

A Fiquem Sabendo, agência de dados especializada em Lei de Acesso à Informação, recebeu da Secretaria-Geral da Presidência da República os dados de gastos do cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

As informações, que estavam sob sigilo, foram liberadas na quarta-feira (11) para a agência e tornadas públicas nesta quinta-feira (12).

O pedido pelas informações foi feito no dia 18 de dezembro, quando a gestão ainda era de Bolsonaro, mas as informações só foram liberadas quando a equipe de Lula assumiu.

Um dos fundadores da agência Fiquem Sabendo, Luiz Fernando Toledo explica que foram feitos mais de 10 pedidos para ter acesso aos gastos do cartão corporativo da presidência durante a gestão Bolsonaro, mas todos foram negados.

As informações divulgadas mostram alguns gastos que mostram algumas características da gestão e da personalidade de Bolsonaro ao longo dos quatro anos em que esteve na presidência.

Pelo menos R$ 13,6 milhões foram desembolsados em hospedagem, sendo alguns hotéis de luxo. Esse gasto engloba não apenas o presidente, mas servidores, familiares e convidados. Ao menos 22 CPFs estão no sistema.

A lista de endereços visitados por Bolsonaro tem o Ferraretto Hotel, na cidade de Guarujá no litoral de São Paulo, como um dos mais visitados. Ao longo dos quatro anos, o estabelecimento recebeu R$ 1,46 milhão. Consultas na internet mostram que as diárias variam de R$ 436 (em promoção) a R$ 940.

Um dos gastos apresentados foi de R$ 109 mil no Sabor de Casa, estabelecimento que fornece marmitas promocionais a R$ 20 e também faz entregas em Boa Vista. A nota fiscal é de 26 de outubro de 2021, quando Bolsonaro estava na cidade para verificar a situação de refugiados vindos da Venezuela. O mesmo local recebeu dois pagamentos – de R$ 28 mil e R$ 14 mil – em setembro do mesmo ano.

Por 20 vezes ao longo do mandato de Bolsonaro foram feitos gastos na padaria Santa Marta, localizada no Rio de Janeiro, sendo o menor gasto de R$ 880 e a maior de R$ 55 mil.

O cartão corporativo chegou a ser utilizado 62 vezes em sorveterias, compras que somaram R$ 8,6 mil. A remuneração mensal do presidente estava fixada em R$ 30,9 mil durante o mandato de Bolsonaro.

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Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
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