Ministérios

Simone Tebet no Planejamento: Senadora vai aceitar convite de Lula, diz O Globo

27 dez 2022, 10:42 - atualizado em 27 dez 2022, 10:47
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Problema resolvido: Tebet aceitará pasta do Planejamento em reunião com Lula hoje (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) vai aceitar o convite do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para comandar o Ministério do Planejamento que será recriado pelo governo que começa em 1º de janeiro. A informação é da jornalista Míriam Leitão e foi publicada em sua coluna no jornal O Globo.

De acordo com a publicação, Tebet confirmou a lideranças de seu partido que aceitará a proposta de Lula na reunião marcada entre os dois para esta terça-feira (27). Ela também pretende desfazer uma confusão em torno da indicação.

Segundo Míriam Leitão, Tebet afirmou aos emedebistas que nunca quis um Ministério do Planejamento “turbinado”, isto é, que controlasse também os bancos públicos (Banco do BrasilBBAS3 – e Caixa Econômica Federal) e o PPI, o programa federal de parcerias público-privadas.

De acordo com O Globo, Tebet explicou que, na conversa prévia com Lula, limitou-se a afirmar que, na sua opinião, o papel do Ministério do Planejamento é “planejar as ações da administração direta e indireta”. Isso envolveria, por exemplo, apresentar propostas para os programas habitacionais da Caixa e para o crédito rural, gerido pelo Banco do Brasil.

Tebet no Planejamento: O mercado gostou da ideia

As primeiras manifestações de analistas sobre a provável nomeação de Tebet para o Planejamento foram favoráveis. Embora o nome não fosse nem cotado para o cargo, o mercado se surpreendeu positivamente.

“Simone Tebet foi aconselhada durante a campanha presidencial pela economista Elena Landau, que de fato pensa muito diferente de Fernando Haddad, o que contribuiria para a chamada ‘pluralidade ideológica’ no governo”, destaca Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimento.

A ideia é que ela sirva de contraponto em relação à Haddad no Ministério da Fazenda. O nome também sinaliza para uma sustentabilidade fiscal do novo governo, uma vez que Tebet é uma política experiente, com sabedoria na execução e trâmites do Congresso.

Peça importante do governo Lula

Tebet é a última grande peça que Lula precisa encaixar em seu governo. Terceira colocada na eleição presidencial deste ano, a senadora sul-mato-grossense pulou de cabeça na campanha lulista no segundo turno, comprando briga com lideranças do MDB e do agronegócio, setor majoritariamente bolsonarista.

Ela se tornou o grande símbolo da frente ampla que apoiou Lula contra a reeleição de Jair Bolsonaro. Após a vitória, era dado como certo o convite para que integrasse o gabinete. Inicialmente, Tebet queria uma pasta com projeção social, que lhe permitisse reconstruir sua base eleitoral para 2026.

O alvo era o Ministério do Desenvolvimento Social, que comanda o Bolsa Família. Suas pretensões nessa área, contudo, foram podadas pelo PT, partido de Lula, que não desejava deixar o programa social que é a marca das gestões do partido nas mãos de outra legenda. Assim, o ministério foi para o ex-governador do Piauí, Wellington Dias.

Lula tentou convencer Tebet a ocupar o Ministério do Meio Ambiente, mas a senadora condicionou sua aceitação ao aval de Marina Silva (Rede-AC), outro nome de peso no cenário nacional e internacional que se engajou ativamente na campanha lulista no segundo turno. Referência em temas ambientais, Marina deveria ser a primeira opção de Lula nesta pasta, segundo Tebet.

Após uma conversa com a ex-senadora acreana, Lula finalmente se convenceu em indicá-la para o Meio Ambiente, ficando com Tebet como a última peça importante para encaixar no governo. Ao que tudo indica, segundo O Globo, o problema está bem perto de ser resolvido.

(Com Juliana Américo)

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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