Internacional

Singapura busca talentos globais com novo visto para expatriados

10 set 2022, 20:00 - atualizado em 09 set 2022, 9:03
Cingapura
Impulsionar a inovação e elevar a produtividade são fundamentais para Singapura, que pretende aumentar o valor agregado da manufatura em 50%  (Imagem: cegoh / Pixabay)

Singapura não planeja limitar o número de candidatos para seu novo visto de trabalho, disse o ministro de Mão de Obra, Tan See Leng, em uma estratégia da cidade-estado para atrair as melhores mentes do mundo.

O lançamento do passe Overseas Networks and Expertise (ONE) na semana passada, bem como outras etapas que facilitam a contratação de expatriados, são uma resposta à limitada oferta de mão de obra, disse Tan em entrevista à Bloomberg Television na segunda-feira.

Autoridades da cidade-estado têm mencionado que a competição está mais acirrada com cidades como Londres e Dubai.

“O que realmente esperamos trazer para Singapura são os ‘rainmakers’”, disse Tan, em referência aos esforços para atrair líderes em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática, bem como finanças, artes, cultura e esportes.

“É uma estratégia ofensiva.”

O passe ONE – um visto que permitirá que seus titulares e parceiros trabalhem por cinco anos – é a nova aposta de Singapura para atrair talentos globais, depois que as restrições impostas na pandemia e medidas para proteger profissionais locais reduziram o apelo da cidade-estado.

À medida que as economias reabrem com crescimento ainda frágil, países como Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Alemanha e Tailândia buscam os melhores empreendedores para impulsionar a recuperação, facilitando o acesso.

“Na competição por talentos, estamos em um modo muito, muito acelerado”, disse Tan em outro painel de editores e repórteres da Bloomberg.

“Existe uma ‘hipercompetição’, e somos muito cuidadosos com o que revelamos, porque não vamos atrás de números. Na verdade, buscamos qualidade, não quantidade.”

Impulsionar a inovação e elevar a produtividade são fundamentais para Singapura, que pretende aumentar o valor agregado da manufatura em 50% e as exportações anuais para 1 trilhão de dólares singapurianos (US$ 712 bilhões) até 2030.

Essa meta seria difícil no ritmo atual de expansão: estimativas compiladas pela Bloomberg mostram que a economia deve crescer 3,7% este ano, em um dos ritmos mais lentos do Sudeste Asiático, com a desaceleração da taxa para 2,8% no próximo ano.

O ministro sugeriu que o governo está disposto a fazer todos os esforços para apoiar a expansão econômica e sinalizou certa flexibilidade no que diz respeito à inclusão de profissionais LGBTQ+ e parceiros para morar e trabalhar na cidade-estado.

Segundo ele, as leis de imigração vigentes, que são “muito pró-família”, não seriam um obstáculo para permitir a entrada de líderes nos campos identificados.

“Quando você fala sobre esse novo passe que temos como objetivo, não acho que haja uma cota ou número específico”, disse o ministro, segundo o qual “essas são pessoas que estão realmente no topo. Acho que seríamos capazes de administrar esses tipos de pedidos”.

Os comentários de Tan seguem o discurso no mês passado do primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, quando disse que o governo revogará uma lei da era colonial que criminaliza o sexo entre homens, ao mesmo tempo em que se compromete a proteger a definição nacional de casamento, que exclui uniões homoafetivas.

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