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SLC Agrícola: resultado abaixo do esperado não preocupa BTG; ação é top pick do setor

14 maio 2020, 15:20 - atualizado em 14 maio 2020, 15:28
SLC Agrícola
A SLC Agrícola se aproveita de um cenário sólido de vendas e distribuição para a maioria das commodites, além de preços fortes baseados na depreciação do dólar (Imagem: YouTube/SLC Agrícola)

A SLC Agrícola (SLCE3) reportou ontem (13) resultados pouco surpreendentes para o BTG Pactual (BPAC11). Embora os números tenham ficado abaixo das estimativas do banco, reflexo dos baixos volumes de soja e das margens mais fracas de algodão, os analistas não estão preocupados com a empresa.

“Desde o nosso upgrade mais recente da ação, argumentamos que a tese de investimento da SLC Agrícola oferece um bom combo em meio aos impactos da covid-19: demanda resiliente para grãos sobre um consumo mais inelástico de comida e exposição ao mercado chinês; preços fortes baseados na depreciação do real, suportando a queda visto nos custos dos grãos e do algodão desde o início do ano; e um cenário sólido de vendas e distribuição para a maioria das commodities”, explicaram Thiago Duarte e Pedro Soares.

Além disso, a companhia decidiu acelerar suas posições de hedge para a safra 20/21, que atualmente está em 60%, 35% e 40% das vendas esperadas para a soja, o algodão e o milho, respectivamente. Visto que os preços dessas três commodities estão atraentes, a decisão foi bem recebida pelo BTG.

O banco reiterou sua preferência pelo papel no setor agrícola. A recomendação de compra está acompanhada por um preço-alvo indicado de R$ 29.

Perspectiva mais cautelosa

A Ágora Investimentos também comentou sobre o resultado e, apesar de enxergar para a SLC Agrícola um desempenho cada vez melhor à medida que a moeda brasileira se deprecia mais, os riscos encontrados para o algodão (aumento de estoques) e para a soja (queda nas estimativas) impedem que a corretora adote uma visão mais otimista.

A recomendação dos analistas Leandro Fontanesi e Flávia Meireles é neutra, com preço-alvo de R$ 21.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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