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Smiles afirma que negócio com a Gol gera retorno de 8,3% ao ano

15 jul 2020, 10:16 - atualizado em 15 jul 2020, 10:16
Sede da Smiles (SMLS3)
(Imagem: LinkedIn/ Smiles)

A Smiles (SMLS3) divulgou novas informações sobre a operação com a Gol (GOLL4) que é contestada pelos acionistas minoritários. Em um comunicado de seis páginas, divulgado nesta quarta-feira (15), a empresa detalha as vantagens que enxerga no negócio. O principal deles é o retorno de 8,3% ao ano, estimado pela companhia.

No centro da polêmica, está a compra antecipada, pela Smiles, de passagens aéreas da Gol, sua controladora, somando R$ 1,2 bilhão. Os minoritários afirmam que o contrato lesa a operadora de programas de fidelidade e exigem que seja cancelado.

Caso contrário, o grupo defende que a Gol indenize a Smiles, e os executivos de ambas sejam processados.

Ontem, os minoritários conseguiram uma pequena vitória: a aprovação, pelo conselho de administração da Smiles, de uma assembleia extraordinária de acionistas, marcada para agosto, em que se discutirá uma eventual ação na Justiça contra a diretoria da Smiles.

Vantagens

No comunicado de hoje, a companhia procura convencer o mercado de que o negócio é vantajoso. O primeiro argumento é que ele gera um valor econômico de R$ 85 milhões para a empresa, calculado a valor presente.

Outro argumento é que, enquanto os recursos não forem efetivamente desembolsados no pagamento das passagens, estarão investidos em aplicações que renderão o equivalente a 115% do CDI.

“Somando-se apenas o valor econômico gerado pelos benefícios comerciais acima quantificados e pela taxa que remunerará o saldo dos créditos, é estimado que a operação gerará um retorno equivalente a 8,3% ao ano, considerando a curva projetada atual do CDI”, afirma o comunicado assinado pelo diretor financeiro e de relações com investidores da Smiles, Hugo Reis de Assumpção.

A polêmica já gerou efeitos concretos sobre as duas companhias. Ontem, as ações de ambas encerraram o pregão com forte queda, enquanto a Guide Investimentos alertava para os riscos para a Gol de uma eventual quebra de contrato.

Veja a íntegra do comunicado.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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