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Startup brasileira vai usar Blockchain para rastrear minério de ouro na baixada cuiabana

17 out 2022, 16:02 - atualizado em 17 out 2022, 16:02
Ouro blockchain startup
Ideia é usar tecnologia para auxiliar setor da pequena mineração na busca pela rastreabilidade e certificação (Imagem: Pixabay)

O setor da mineração artesanal, de pequena e média escala de ouro da baixada cuiabana, em Mato Grosso, anunciou que busca investimentos em novas tecnologias, como a blockchain, para tornar real a certificação e a rastreabilidade do minério.

A ideia é garantir a legalidade e rastreabilidade na produção do minério, para isso o setor privado vem investindo em parcerias com startups da área, que buscam modernizar os processos, através de aplicativos, passaportes digitais, programas de segurança e rastreabilidade. Tudo isso garantido com tecnologia cripto.

Na baixada cuiabana, especificamente, nas localidades de Poconé (104 km de Cuiabá) e Nossa Senhora do Livramento (45 km de Cuiabá), pequenos mineradores de ouro estão prestes a iniciar testes com a startup brasileira Minery, que possui em seu portfólio de serviços, a rastreabilidade digital do blockchain da Minespider (empresa alemã responsável por um blockchain público e autorizado especialmente projetado para rastreabilidade de matéria-prima).

De acordo com o CEO da Minery, Eduardo Gama, a empresa criou um conjunto de soluções que permite que mineradores estejam dentro das boas práticas internacionais e possam vender suas produções para compradores de qualquer lugar do mundo. Já os compradores, têm mais segurança nas aquisições.

“O Certimine, certificação da Minery, surgiu da necessidade de modernizar e inovar as negociações entre mineradores e compradores de todas as partes do mundo, seja ele de pequena, média ou grande escala”, afirma.

A certificação tem início com a visita de técnicos treinados, que avaliam presencialmente, diversos itens dispostos nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, dentre eles, a legalidade da empresa, o impacto ambiental e nas comunidades vizinhas, uso de equipamentos de segurança pelos trabalhadores, se existe trabalho infantil ou análogo à escravo, dentre outros.

Ainda conforme Gama, outro passo importante para garantir maior controle aos fornecedores e commodities negociados é a implementação dos passaportes digitais do Minespider, criado para rastrear matéria-prima. 

“O passaporte agrega informações através da cadeia, desde certificações como o Certimine, logística e outras análises que sustentam a rastreabilidade do produto até o cliente final”, diz.

As Implementações desses projetos são intermediadas pela Fênix DTVM, empresa regulamentada pelo Banco Central, a atuar na compra e venda do mineral.

Pela natureza de seus negócios, a DTVM possui bom relacionamento com os mineradores e auxilia em outras iniciativas que promovem as boas práticas na atividade, segundo comunicado.

Pedro Eugênio Gomes Procópio da Silva, diretor de Operações da Fênix DTVM, diz que a missão da empresa é auxiliar os mineradores em suas principais dificuldades,por iniciativas que “possam levá-los a patamares de excelência”.

“Com a certificação também respondemos às dúvidas da sociedade e damos um grande passo para tornar a mineração uma atividade respeitável, alinhada aos padrões atuais que incorporam aspectos sociais, ambientais e econômicos”, afirma.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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