BusinessTimes

Startups Prospera e Greener se unem para criar plataforma de benefício

21 out 2023, 12:36 - atualizado em 21 out 2023, 12:39
prospera greener fusão créditos de carbono mercado energia limpa renovável esg desenvolvimento social sustentabilidade governança benefícios
Metas: Fusão da Prospera com a Greener quer levar benefícios de ESG a 60 milhões de domicílios em cinco anos (Foto: Freepik)

Diante do avanço da regulamentação do mercado de carbono e de uma preocupação cada vez maior das empresas com práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês), as startups Prospera e Greener decidiram fundir suas operações.

Unem, assim, o programa de benefícios voltados para a redução de custos com energia da primeira com a plataforma de tokenização de crédito de carbono da segunda, serviços que consideram complementares dentro da agenda de melhores práticas. O valor da operação não foi revelado.

  • Como a queda do preço da gasolina pode impactar os ativos atrelados à inflação? Assista ao Giro do Mercado desta sexta-feira (20) e saiba mais, é só clicar aqui:

“O propósito da nova empresa é zerar a conta de energia e a pegada de carbono das pessoas”, diz Leandro de Abreu, executivo com experiência nos setores de energia e tecnologia e que passará a comandar a nova empresa. Segundo ele, a partir dessa junção das duas empresas será criada a maior plataforma de benefícios sustentável do Pais.

O início das operações de forma unificada da Prospera + Greener está previsto para janeiro de 2024, e a meta da empresa é dobrar de tamanho até o final do mesmo ano, por geração de negócio e número de clientes.

“E a gente vai seguir esse fluxo de crescimento nesse patamar até 2026”, acrescenta Abreu. A empresa não abre números financeiros, informa apenas que tem a intenção de chegar a aproximadamente 60 milhões de lares em cinco anos.

Abreu aposta no crescimento da empresa tendo em vista o engajamento do governo com o desenvolvimento do mercado de crédito de carbono e a regulação das empresas sustentáveis pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“As empresas têm de seguir uma cartilha forte, com políticas e processos sustentáveis para ter uma melhor avaliação dos próprios investidores e da CVM, e a grande ‘dor’ dessas empresas é o escopo 3, como elas levam (esse compromisso com a sustentabilidade) para a última milha, para o consumidor, e esse é o nosso valor agregado”, disse.

Ele se refere ao fato de que a empresa considera responder a demandas relacionadas aos compromissos ambientais, por meio dos créditos de carbono da Greener, e ao compromissos sociais, com a redução dos custos de energia viabilizada pela Prospera, o que permitiria canalizar os recursos economizados para necessidades de desenvolvimento pessoal.

Adicionalmente, a empresa tem intenção de lançar uma iniciativa voltada à gestão financeira do pequeno varejo, que atenderia às exigências de melhoria de governança corporativa.

Na prática, o modelo de negócios prevê parcerias com indústrias e redes de varejo na adesão ao programa de benefícios Prospera + Greener, por meio do qual as indústrias ofertariam seus produtos com compromissos socioambientais e as varejistas e os consumidores, ao também fazerem a adesão à plataforma de benefícios e adquirirem esses produtos ou outros serviços disponibilizados que contribuam para a redução das emissões de CO2, seriam recompensados com o “vale-energia”, a ser deduzido da conta de luz, e créditos de carbono.

A empresa não descarta, porém, realizar um modelo mais tradicional de venda de carbono, aproveitando o crescimento desse mercado.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.