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Stone (STOC31): Com disparada das ações, o pior já passou?

21 mar 2022, 13:28 - atualizado em 21 mar 2022, 13:29
Stone
Empresa apresentou no balanço mais recente um lucro pressionado em R$ 33,7 milhões (-90,6% a/a.). (Imagem: Facebook/Stone)

As ações da Stone (STNE) seguem em alta nesta segunda-feira (21), de 4%, a US$ 14, após disparada de 42% na sexta (18) com a divulgação do balanço da companhia e uma série de sinalizações positivas. Os BDRs na B3 (STOC31) também avançam.

Embora o UBS BB, por exemplo, tenha mantido a recomendação “neutra” para as ações e preço-alvo de US$ 21 por conta da “pressão do cenário macroeconômico”, a Genial Investimentos botou em revisão as projeções para o papel.

“A Stone vem endereçando grande parte de seus problemas com a reprecificação dos produtos e mudanças em sua equipe”, disse. “Além disso, testes com produtos de crédito devem ser retomados entre o 2° e 3° trimestre de 2022”.

A empresa apresentou no balanço mais recente um lucro pressionado em R$ 33,7 milhões (-90,6% a/a), dada a decisão da companhia de não repassar a alta da Selic a clientes.

No entanto, a companhia sinalizou já estar reprecificando seus produtos, impactando positivamente o guidance para o 1T21. A Stone espera um lucro antes de imposto no 1T21 de R$ 140m.

Stone ainda tem múltiplo esticado

A Genial considera que o múltiplo de 37,8x P/L 22 da Stone ainda esticado, mas destaca que a própria empresa vem sinalizando que o pior já passou.

“A Stone espera que o resultado do 1T22 seja o menor do ano. Portanto, a expectativa é de que o lucro anual seja de no mínimo R$ 560 milhões”.

Daniel Federle e Victor Ricciuti, do Credit Suisse, viram projeções de um primeiro trimestre de 2022 “muito melhor”, “dando o tom para o que vem pela frente”, segundo relatório a clientes.

Entre os destaques das estimativas divulgadas pela Stone está a expectativa de crescimento de receita em até 119% no primeiro trimestre sobre um ano antes.

Já a alta no volume total de pagamentos processados com pequenos e médios negócios e micro comerciantes é estimada em até 83%.

BTG Pactual mencionou que o resultado foi divulgado próximo ao fim do atual trimestre, o que possibilitou à empresa “anunciar importantes projeções para o período, em que aponta para grande aumento de tarifas (take rate) e elevação de rentabilidade na comparação trimestral”, segundo relatório assinado por analistas, incluindo Eduardo Rosman.

As ações da Stone caíram 86% desde fevereiro de 2021. Os resultados da companhia foram prejudicados pelo provisionamento da carteira de crédito e elevação da Selic.

A Stone chegou a provisionar 40% da carteira de crédito no 2T21 em função de problemas na concessão de crédito e falta de interoperabilidade nas centrais de recebíveis.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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