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Suzano (SUZB3): ‘Pagamento em yuan traz maior complexidade aos resultados’, diz analista

09 maio 2023, 16:23 - atualizado em 10 maio 2023, 11:40
A China, principal compradora de commodities, responde por 43% da celulose da Suzano; pagamento em yuan deve favorecer produtores (Foto: Divulgação)

A Suzano (SUZB3), maior produtora do mundo de celulose de fibra curta, disse nesta segunda-feira (8), por meio de seu presidente Walter Schalka, em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York, que considera vender seus produtos para a China na moeda oficial chinesa, o renminbi – ou yuan, como é comumente chamad0). Trata-se de mais um sinal de que o dólar perde seu domínio nos mercados de commodities.

Vale lembrar que China é a maior compradora de commodities do mundo. Sozinho, o país asiático responde por 43% da celulose da Suzano.

Na visão do analista Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, vê o pagamento com yuan chinês é positivo. Para ele, a mudança dá maior flexibilidade para que a Suzano atenda seu público.

“Esse tipo de mudança é direcionada a produtores mais sensíveis a preços, que costumam ter volumes menores. Dessa forma, a empresa tem a possibilidade de ‘abocanhar’ uma maior fatia em um mercado relevante, como o da China “, explica.

Dólar x yuan

No entanto, quanto ao balanço dos resultados financeiros da Suzano, Arbetman acredita que o pagamento possa trazer grau maior de complexidade na hora de analisar os resultados.

“Quando paramos para analisar os resultados financeiros da Suzano, os números da empresa costumam ser os mais complexos em termos de mercado acionário brasileiro. Mesmo com essa possível troca do dólar pelo yuan, vamos continuar vendo o dólar como a moeda funcional da companhia,. Com isso, adiciona-se um grau mais alto de complexidade ao resultado financeiro da companhia”, ressalta.

Por fim, o analista ressalta que o pagamento em yuan não traz grandes transformações ou impactos nos papéis. Nesta tarde, por volta de 16h, as ações da Suzano (SUZB3) recuavam 0,55%, aos R$ 41,64.



Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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