Comprar ou vender?

Telecom em foco: Oi, Tim ou Vivo, apostar em quem no resultado do 1º trimestre?

18 abr 2019, 11:07 - atualizado em 18 abr 2019, 11:22
Setor sofre com oligopólio, baixa tecnologia e qualidade inferior dos serviços em relação a outros países emergentes

O Bradesco BBI divulgou relatório sobre o setor de telecomunicações, no qual mostra suas projeções para os resultados de Tim (TIMP3), Vivo (VIVT4) e Oi (OIBR3).

Os analistas Fred Mendes e Flavia Meirelles ponderam que o principal direcionador de curto prazo para as empresas no setor é a aprovação da PLC 79, lei que reforma o segmento de telecomunicações no país e que ajudaria principalmente a Oi, além de contribuir para a consolidação do setor.

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“Estamos vendo sinais de melhora em termos de concorrência, particularmente nos segmentos pós-pago e controle, com a Vivo e a Tim aumentando os preços”, diz o Bradesco BBI, destacando ainda que a maior ameaça para o setor é o segmento de pré-pago, porém os temores foram reduzidos devido ao aumento nos últimos dias de preços da Vivo nesta divisão.

No entanto, as adições líquidas no segmento pós-pago da Vivo diminuíram 33% nos últimos 6 meses (no intervalo de setembro de 2018 a fevereiro de 2019) e o crescimento mais lento da receita, principalmente no segmento fixo, impactou negativamente os resultados.

“Reconhecemos os valuations atraentes – particularmente para a Tim, que negocia com um múltiplo com desconto de 11% em relação a Vivo, mas sem direcionadores operacionais no curto prazo”, afirma a instituição.

Tim na frente

TIM
Companhia pratica política mais agressiva de preços em relação a Vivo

Em relação a expectativa frente os resultados do primeiro trimestre de 2019, os analistas não enxergam grandes direcionadores para as empresas de telecomunicações, contudo, espera-se que a Tim deverá registrar os melhores resultados.

O banco projeta lucro líquido de R$ 503 milhões para a empresa no período, o que significa alta de 105,4% frente à cifra de R$ 245 milhões vista entre janeiro e março de 2018.

Vivo na primeira fila, com Oi retardatária

Companhia deverá apresentar maior lucro líquido do setor (Imagem: Equipe Money Times)

“A Vivo provavelmente reportará resultados neutros, enquanto a Oi deve reportar os resultados mais fracos”, pondera o Bradesco BBI, ressaltando que não espera melhora significativa para Oi no primeiro trimestre de 2019.

Para a Vivo, os analistas estimam lucro líquido de R$ 1,28 bilhão, o que representaria alta de 17,1% frente o montante de R$ 1,09 bilhão dos três primeiros meses de 2018. Já para Oi, as estimativas são piores: prejuízo líquido de R$ 509 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Lei procurará reduzir oligopólio e aumentar a concorrência no setor, trazendo investimentos e tecnologia

Por outro lado, diante da PLC 79, os analistas mantém a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 2,10 por ação da Oi – upside (potencial de valorização) de 28,8% em relação ao último fechamento. O preço-alvo anterior era de R$ 2,10.

Confira abaixo recomendações do Bradesco BBI:

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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