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Temor de recessão? Ibovespa despenca e tem segundo dia de forte queda

26 set 2022, 12:02 - atualizado em 26 set 2022, 12:16
Mercados, Ibovespa, B3
(Imagem: Divulgação/B3)

O Ibovespa opera em forte queda na sessão desta sexta-feira (26) com investidores ainda repercutindo a elevação dos juros de banco centrais mundo afora. Por volta das 11h44, o índice caia 1,25%, a 110.324,76 pontos.

Em Wall Street:

  • Nasdaq subia 0,78%;
  • S&P 500 exibia alta de 0,16%;

É o segundo pregão seguido de forte queda. Na sexta, o Ibovespa despencou 2,06%, a 111.716 pontos, repercutindo o mau-humor externo.

Sem indicadores a vista, Wall Street se torna mais sensível ao noticiário global, repercutindo maior enfraquecimento da libra e a eleição da nova primeira-ministra na Itália.

Entre as commodities, os futuros do petróleo Brent para liquidação de novembro subia 1,5%, a US$ 87,52 o barril, às 11h30. O contrato chegou a cair para US$ 84,51, o menor nível desde 14 de janeiro.

Os preços futuros do minério de ferro deram sequência à trajetória negativa, recuando 1,46% durante a madrugada na bolsa de Dalian, cotados aos US$ 99,32 por tonelada.

“Esse mau-humor registrado no exterior pode pesar mais uma vez sobre os negócios locais, especialmente em
uma sessão que os investidores ficarão em compasso de espera pela ata do Copom, a ser conhecida amanhã
cedo”, escreve a equipe da Ágora Investimentos.

Na contagem regressiva para a votação no domingo, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva mantém a tendência positiva, ao passo que o rival Jair Bolsonaro permanece estacionado. A pesquisa FBS/btg mostra que o petista oscilou 1 ponto para cima, atingindo a maior distância frente ao candidato à reeleição em seis semanas. 

“A menos de uma semana para as eleições, o mercado deve monitorar os sinais sobre a formação de um provável futuro Governo e as diretrizes econômicas a serem seguidas, o que sugere menor apetite ao risco por enquanto”, acrescenta a Ágora.

“Acho que por aqui deveremos ter uma semana travada, de olho nas eleições e indicadores importantes”, disse Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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