Resumo: O Ibovespa (IBOV) fica à mercê dos balanços corporativos e das movimentações no exterior.
No cenário doméstico, o Relatório de Receitas e Despesas Primárias concentram as atenções. O documento trimestral divulgado ontem (22) mostrou uma revisão da contenção de gastos públicos de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões.
Os balanços corporativos também disputam as atenções dos investidores — entre eles, WEG (WEGE3) e Neoenergia (NEOE3).
No exterior, o mercado reage ao acordo firmado entre os Estados Unidos e o Japão. Os produtos japoneses serão taxados de 15%, 10 pontos percentuais a menos do que o anunciado pelo presidente Donald Trump anteriormente.
As bolsas da Europa fecharam em forte alta com expectativa de acordo entre os Estados Unidos e a União Europeia — após o acordo da Casa Branca com o Japão.
Confira o fechamento dos principais índices europeus:
> Stoxx 600: +1,08%, aos 550,22 pontos;
> DAX (Frankfurt): +0,83%, aos 24.240,82 pontos;
> FTSE 100 (Londres): +0,42%, aos 9.061,49 pontos — no maior nível histórico;
> CAC 40 (Paris): +1,37%, aos 7.850,43 pontos.
O Ibovespa acelerou os ganhos nos últimos minutos com a redução do tom negativo de Vale (VALE3), em reação à previa operacional. O índice tem alta de 0,98%, aos 135.348,22 pontos.
Apenas seis ações caem no índice:
> WEG (WEGE3): -5,13%, a R$ 39,20
> BRF (BRFS3): -2,17%, a R$ 21,68
> Vamos (VAMO3): -1,27%, a R$ 3,90
> Vale (VALE3): -0,16%, a R$ 57,41
> Santos Brasil (STBP3): -0,14%, a R$ 13,89.
— Cotação às 13h10 (horário de Brasília)
A Vale (VALE3) produziu mais do que esperado no segundo trimestre de 2025, com melhora em minério de ferro, cobre e níquel, o que parte de analistas enxergou como positivo.
Na bolsa, VALE3, que iniciou o dia em queda, operava estável após alta de quase 6% em duas sessões, embalada por boas notícias vindas da China.
O mercado já está convencido de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic estável no patamar de 15% na reunião da semana que vem — as Opções de Copom mostram que as apostas em uma manutenção da taxa valem R$ 93,10. O que deve ficar no centro das atenções são a mensagem e o tom da comunicação do Banco Central (BC).
A Warren Investimentos espera que os diretores mantenham um discurso “prudente”, reiterando a necessidade de observar os efeitos defasados da política monetária e a importância de manter os juros em nível restritivo por tempo prolongado. A estratégia é reforçar o compromisso com a convergência da inflação para o centro da meta.
No Giro do Mercado de hoje, Paula Comassetto recebe Bruna Allemann, economista e head de internacional da Nomos, para comentar o impacto dos novos acordos comerciais firmados pelos Estados Unidos nos mercados globais, que amanheceram animados nesta quarta-feira (23).
O presidente Donald Trump anunciou um acordo com o Japão, que prevê um investimento de US$ 550 bilhões e tarifas recíprocas de 15%, além de um acordo com a Indonésia que reduz barreiras e corta a tarifa americana de 32% para 19%. A União Europeia acompanha de perto, ainda em negociação com Washington, mas já com retaliações na manga.
No Brasil, o foco segue no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do terceiro bimestre, que trouxe uma redução significativa no bloqueio orçamentário — de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões. O mercado também repercute os resultados corporativos da Vale e da WEG, que vieram fortes no segundo trimestre de 2025.
A Marfrig (MRFG3) contra-atacou a Minerva Foods (BEEF3) no Cade em meio à disputa pela fusão com a BRF (BRFS3). A empresa acusa a rival de descumprir contratos e recusar, desde novembro de 2024, o fornecimento de cortes bovinos essenciais, como dianteiro sem osso, mesmo após vender 15 plantas frigoríficas por R$ 7,5 bilhões. As informações são do InvestNews.
Por volta de 11h40 desta quarta-feira (23), as ações da Marfrig e BRF recuavam 0,91% e 2,84%. O papel da Minerva, por sua vez, avançava 0,59%.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira suas críticas ao presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, em meio ao seu contínuo apelo por juros mais baixos, e pediu ação por parte da diretoria do BC.
“Nossos juros deveriam estar três pontos mais baixos do que estão, economizando US$1 trilhão por ano (como país). Esse cara teimoso do Fed simplesmente não entende – nunca entendeu e nunca entenderá. A diretoria deveria agir, mas não tem coragem de fazer isso!”, disse Trump na rede social Truth.
— Com informações de Reuters
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) sobem mais de 1% e dão fôlego ao Ibovespa nesta quarta-feira (23).
Às 11h36, os papéis ordinários (PETR3) tinham alta de 1,41% (R$ 34,56) e os preferenciais (PETR4) registravam avanço de 1,02% (R$ 31,67), na contramão do desempenho do petróleo. No mesmo horário, o contrato mais líquido da commodity recuava 0,42%, a US$ 68,29 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Mais cedo, a petroleira anunciou um acordo com a Shell e PPSA para a produção do pré-sal de Jubarte, localizada na Bacia de Campos.
Os investidores também operam na expectativa pelo relatório de produção e vendas, considerado uma prévia do balanço do segundo trimestre (2T25). Os números serão divulgados na próxima semana.
A Marfrig contra-atacou a Minerva no Cade em meio à disputa pela fusão com a BRF. A empresa acusa a rival de descumprir contratos e recusar, desde novembro de 2024, o fornecimento de cortes bovinos essenciais, como dianteiro sem osso, mesmo após vender 15 plantas frigoríficas por R$ 7,5 bilhões. As informações são da InvestNews.
A ofensiva é uma resposta ao recurso da Minerva, que tenta barrar a criação da MBRF Global Foods por suposto risco à concorrência. A Marfrig alega que a recusa mostra que a Minerva não está vulnerável, como sustenta, e sim agindo de forma anticompetitiva — o que motivou a abertura de um procedimento no Cade.
A disputa ainda envolve o fundo soberano saudita Salic, acionista das duas companhias. O julgamento no Cade ainda não tem data definida.
Por volta das 11h15 (horário de Brasília), as ações da Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) caem 2,48% e 0,96%, respectivamente. Já Minerva (BEEF3) sobe 0,79%.
As ações da MRV (MRVE3) estendem os ganhos da véspera e lideram a ponta positiva do Ibovespa na manhã desta quarta-feira (23). Às 11h14, MRVE3 subia 4,53%, a R$ 6,23.
Ontem (22), o Santander reiterou a recomendação de compra para as ações da construtora. Para os analistas, a companhia continua com um valuation atraente, apesar do impacto negativo das baixas contábeis da Resia nos resultados de curto prazo.
“As ações da MRV oferecem uma assimetria positiva, em nossa visão, dada a combinação de uma avaliação deprimida e um posicionamento técnico favorável (mais de 25% do free float está vendido a descoberto)”, disse o Santander em relatório.
As novas projeções fiscais apresentadas pelo Governo Federal no terceiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas são realistas, mas carregam um risco de frustração, diz o BTG Pactual.
O problema é que as contas dependem da realização de um leilão de petróleo do pré-sal. Além disso, a decisão de adotar uma postura “menos cautelosa” surpreendeu, afirma o analista Fabio Serrano.
A Petrobras (PETR3; PETR4) informou nesta quarta-feira (23) que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou o Acordo de Individualização da Produção (AIP) da jazida compartilhada do pré-sal de Jubarte, localizada na Bacia de Campos.
O acordo, que entra em vigor em 1º de agosto de 2025, define as participações e as regras para a operação conjunta das empresas envolvidas, já que a jazida ultrapassa os limites originais das áreas concedidas ou contratadas.
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da JBS na B3 (JBSS32) acumulam queda de 6,8% na B3 após a consolidação da dupla listagem da empresa, que agora também é negociada na bolsa de Nova York (NYSE:JBS).
Apesar da queda, o volume de JBSS32 negociados cresceu desde o lançamento do ativo, em 9 de junho. Na ocasião, o volume financeiro foi de R$ 96,2 milhões.
Os índices de Wall Street operam em alta após a abertura. Os investidores reagem ao acordo tarifário entre os Estados Unidos e o Japão, anunciado ontem à noite (22) pelo presidente norte-americano Donald Trump.
Os produtos japoneses serão tarifados a 15%, 10 pontos percentuais a menos do que o anunciado anteriormente.
Confira como operam os índices de Wall Street agora:
> Dow Jones: +0,44%, aos 44.698,33 pontos;
> S&P 500: +0,28%, aos 6.327,16 pontos;
> Nasdaq: +0,13%, aos 20.919,53 pontos.
A Medida Provisória (MP) Nº 1.303 do governo federal que impacta os investimentos em criptomoedas e ativos digitais já tem data para sua primeira audiência pública: dia 6 de agosto, a partir das 14h30 (horário de Brasília).
Voltando alguns passos, a MP foi publicada em 11 de junho, trazendo no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), unificando a alíquota total em 17,5% e eliminando a isenção de vendas com ganhos de capital de até R$ 35 mil por mês para ativos virtuais (criptomoedas), além de trazer outras mudanças relevantes para o setor. Leia mais sobre a MP mais abaixo.
As ações da WEG (WEGE3) lideram as perdas do Ibovespa nos primeiros minutos do pregão em reação ao balanço. Às 10h37, WEGE3 caía 4,86%, a R$ 39,31.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25), segundo o balanço divulgado na manhã desta quarta-feira (23). O valor representa uma alta de 10,4% na base anual e avanço de 3% na comparação com o trimestre anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 2,26 bilhões no 2T25, alta de 6,5% na comparação anual e crescimento de 4% frente ao 1T25.
Apesar dos resultados positivos, os papéis caem com incertezas sobre as tarifas de Trump. No início do mês, o presidente dos Estados Unidos anunciou uma taxa de 50% à importação de produtos brasileiros no país com vigência a partir de 1º de agosto.
As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em alta, em sua maioria, nesta quarta-feira (23), em comparação com o fechamento do dia anterior.
Na primeira atualização, às 9h40 (horário de Brasília), os rendimentos do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029, 2040 e 2050 estavam em 7,83%, 7,20% e 7,00%, respectivamente, ante 7,81%, 7,14% e 7,00% observados na véspera.
O Ibovespa opera em baixa de -0,10%, aos 134.035,46 pontos, nesta quarta-feira (23) logo após a abertura dos negócios da B3.
Depois de atuar menos de um ano como conselheiro sênior do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o bilionário Elon Musk pode voltar à vida pública — algo que agora é visto como um problema para sua empresa aeroespacial SpaceX. As informações são da Bloomberg.
A publicação, que cita documentos revisados pela equipe e conversas com pessoas a par do assunto, usou o termo “fatores de risco” para a volta de Musk à política. Vale lembrar que a SpaceX é uma empresa de capital fechado, cujo maior acionista é justamente o bilionário e fundador da companhia.
O Ibovespa futuro (WINQ25) encerrou a última sessão (22) em 135.145 pontos, com uma leve alta de 0,3%, mas ainda sob um cenário de pressão vendedora, que aponta baixa no curto prazo.
Segundo a análise técnica do BTG Pactual desta quarta-feira (23), o gráfico de 60 minutos — que avalia cada hora de negociação — mostra a formação de uma bandeira de baixa, padrão que sinaliza continuidade de queda.
O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nas primeiras negociações desta quarta-feira, conforme os investidores reagiam ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de um acordo comercial com o Japão, enquanto seguem de olho nas tensões recentes entre o Brasil e Washington.
Às 9h06, o dólar à vista recuava 0,05%, a R$5,5643 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,09%, a R$5,577.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou com leve alta de 0,04%, a R$5,5671.
— Com informações da Reuters
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse nesta quarta-feira (23) que o governo Trump não está com pressa para nomear um novo presidente do Federal Reserve (Fed) para substituir Jerome Powell.
“Estamos iniciando o processo. Obviamente, a decisão será do presidente Trump, e não estamos com pressa”, disse Bessent em uma entrevista à Bloomberg TV.
O acordo comercial do Japão com os Estados Unidos reduziu as incertezas que cercam a economia japonesa, disse o vice-presidente do banco central do país Shinichi Uchida, sinalizando otimismo de que as condições para a retomada dos aumentos da taxa de juros podem começar a se estabelecer.
O comentário de Uchida foi feito horas depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado um acordo comercial com Tóquio que reduz as tarifas sobre as importações de automóveis, um dos principais produtos do Japão, e poupa Tóquio de novas taxas punitivas sobre outros produtos.
O fundo imobiliário REC Renda (RECT11) anunciou, por meio de fato relevante, a celebração de um novo contrato de locação com a empresa Molnlycke Health Care do Brasil.
Segundo comunicado divulgado ao mercado, o aluguel envolve 50% de um conjunto comercial situado no 23º andar do Edifício Torre Norte, em Alphaville, Barueri (SP), com área de 568,61 metros quadrados.
O Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (23) R$ 200 milhões em crédito subsidiado para empresas paulistas afetadas pelas tarifas comerciais norte-americanas que devem entrar em vigor no começo de agosto.
Na véspera, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia antecipado o plano de conceder linhas de crédito subsidiadas e fazer “uma grande entrega de crédito de ICMS” aos exportadores no Estado para compensar os impactos do tarifaço.
O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, visitará a Suécia de 27 a 30 de julho para uma nova rodada de negociações econômicas e comerciais com autoridades norte-americanas, informou o Ministério do Comércio da China nesta quarta-feira.
Os dois lados continuarão as consultas com base nos princípios de “respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação em que todos ganham”, disse o ministério em um comunicado.
A Vale (VALE3) divulgou o seu relatório de produção do segundo trimestre de 2025, que antecedem os resultados da companhia. Os dados mostram recuperação do minério de ferro e queda nas vendas – esses são alguns dos destaques corporativos de hoje (21).
A Vale (VALE3) divulgou relatório referente ao segundo trimestre de 2025 (2T25) com alta na produção de minério de ferro, cobre e níquel.
O bitcoin (BTC) opera próximo dos US$ 118 mil na manhã desta quarta-feira (23), enquanto o mercado global de criptomoedas segue sem um único sinal
No mercado tradicional, as bolsas da Ásia encerraram o pregão em alta. Os índices europeus e os futuros de Wall Street avançam nesta manhã.
A Comissão Europeia disse nesta quarta-feira que continua focada em alcançar um resultado negociado nas discussões comerciais com os Estados Unidos, com o comissário de Comércio Maros Sefcovic devendo falar com o secretário de Comércio dos EUA Howard Lutnick na tarde desta quarta-feira.
“Embora nossa prioridade seja as negociações, continuamos paralelamente a nos preparar para todos os resultados, incluindo possíveis contramedidas adicionais”, disse a Comissão em um comunicado.
*Informações da Reuters
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse à Bloomberg TV em uma entrevista nesta quarta-feira que o governo Trump não está com pressa para nomear um novo chair do Federal Reserve para substituir Jerome Powell.
Bessent disse que continua a se reunir regularmente com Powell e que o chefe do banco central não lhe disse se deixará sua cadeira na diretoria.
*Informações da Reuters
A WEG (WEGE3) registrou lucro líquido de R$ 1,59 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25), mostra balanço divulgado nesta quarta-feira (23). Em relação ao mesmo período de 2024, houve alta de 10,4%. Na comparação trimestral, o resultado avançou 3%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mensura o potencial de geração de caixa operacional, chegou a R$ 2,26 bilhões no 2T25, alta de 6,5% na comparação anual e crescimento de 4% frente ao 1T25.
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O fundo imobiliário Pátria Logística (PATL11) anunciou, por meio de fato relevante, a assinatura de um novo contrato de locação com a montadora Nissan para parte de um galpão localizado em Itatiaia.
Segundo comunicado divulgado ao mercado, o acordo prevê a ocupação de seis módulos do imóvel — que somam 24,6 mil m² de área bruta locável (ABL) — a partir de junho do ano que vem, com duração de 91 meses.
Os mercados estão de bom humor nesta quarta-feira (23) com o avanço dos acordos comerciais envolvendo os Estados Unidos.
Ontem, o presidente Donald Trump anunciou um acordo comercial com o Japão que, segundo ele, resultará em um investimento de US$ 550 bilhões nos EUA e no pagamento de uma tarifa recíproca de 15%.
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