Tether (USDT) quer integrar stablecoin com agronegócio após adquirir fatia da Adecoagro

A Tether, emissora da stablecoin em dólar de mesmo nome e ticker USDT, quer transformar a Adecoagro (NYSE: AGRO) em um espaço de testes para incorporar sua criptomoeda ao universo tradicional. As informações são da Reuters.
Em abril deste ano, a Tether Holdings adquiriu uma fatia de 70% da Adecoagro, em um negócio avaliado em cerca de US$ 600 milhões. A empresa produz laticínios na Argentina, arroz no Uruguai e açúcar e etanol no Brasil, entre outros produtos.
Sendo uma parceira estratégica no setor de commodities, a Tether tem como objetivo incorporar sua stablecoin no centro dos mercados onde as matérias-primas são compradas e vendidas.
Assim, a empresa promete reduzir os custos e os tempos de pagamento internacionais de dias para segundos.
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Tether com as mãos na Adecoagro
Esse é outro sinal de que o setor de criptomoedas, em rápida expansão, está migrando para negócios tradicionais e ampliando os investimentos em ativos físicos. Lembrando que nesta Crypto Week o Congresso norte-americano está para votar uma série de projetos de lei para regular o mercado de criptomoedas.
“O setor de criptomoedas está cada vez mais focado em fazer a ponte entre as finanças digitais e os ativos tangíveis”, disse Joe Sticco, presidente-executivo da Cryptex Finance, uma empresa que criou índices que refletem os valores de mercado das criptomoedas.
Ele disse que, ao adicionar ativos geradores de renda, como terras agrícolas ou fábricas de processamento de alimentos, a Tether poderia fortalecer seu balanço patrimonial e oferecer uma proteção contra a inflação.
O USDT é uma forma de fazer pagamentos fora do sistema financeiro global tradicional. A grande diferença entre o USDT e o bitcoin ou outra criptomoeda como o ethereum é que o USDT foi projetado para acompanhar o dólar norte-americano, a moeda que domina o comércio global.