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The Money Office: Mundo financeiro vive pessimismo similar ao da crise subprime

02 mar 2022, 15:48 - atualizado em 02 mar 2022, 15:48
“Os preços das opções de ações e moedas estão indicando níveis extremos de pessimismo dos investidores sobre os ativos da zona do euro”, explica um gestor europeu (Imagem: Montagem/ Money Times)

O pessimismo dos investidores por conta da guerra entre a Ucrânia e a Rússia fez criar um nível de incerteza e pessimismo altíssimos.

Além das implicações diretas para estes dois países, parte do mercado se questiona e faz contas sobre o quanto disso terá respingos em outros países do Ocidente.

“Claramente, estamos agora em um ambiente em que os investidores têm fé limitada em sua capacidade de estabelecer valores justos para ações europeias e outros ativos de risco, à medida que os trágicos eventos continuam a se desenrolar”, aponta Paul O’Connor, Head de Multiativos da Janus Henderson Investors.

Incerteza
O nível de desconfiança visto agora só foi observado em eventos como o da crise do subprime nos EUA (Imagem: Pìxabay/ geralt)

Segundo ele, embora as perspectivas econômicas e políticas permaneçam incomumente imprevisíveis, algumas métricas importantes do mercado mostram que os ativos europeus agora precificaram níveis elevados de incerteza.

“Os preços das opções de ações e moedas estão indicando níveis extremos de pessimismo dos investidores sobre os ativos da zona do euro“, explica.

O’Connor calcula que os papéis na zona do euro agora estão sendo negociadas com um desconto de 25% em relação às metas de preço das ações de 12 meses dos analistas de consenso, um nível de desconfiança apenas visto anteriormente na crise do subprime dos EUA, na crise da dívida da zona do euro e nos primeiros dias da pandemia.

“Esses foram eventos que tiveram impactos duradouros na economia global. Embora a situação na Ucrânia possa ter efeitos globais duradouros, se as repercussões políticas se ampliarem, a psicologia do investidor pode mudar para se concentrar no potencial de valorização dos ativos europeus se o impacto econômico da invasão for visto como temporário ou localizado”, conclui.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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