Perspectivas 2023

Top 10 surpresas para 2023, segundo o Morgan Stanley

19 dez 2022, 10:00 - atualizado em 19 dez 2022, 9:22
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Confira a lista das dez surpresas para os mercados em 2023 (Imagem: Unsplash/ Kira auf der Heide)

Um ano sem surpresas seria algo surpreendente por si só. Atento a isso, o Morgan Stanley listou os dez eventos mais inesperados para 2023 capazes de influenciar os mercados globais

A boa notícia é que nenhuma surpresa envolve o Brasil. Mas isso não significa que os investidores devem ignorar esses eventos. Afinal, os abalos no ano que vem devem vir da China, dos Estados Unidos e/ou da Europa

Vamos à lista de surpresas, em ordem crescente:

1) Covid-19 na China conduz temor global de deflação

As consequências da flexibilização das medidas de combate contra a covid-19 na China são muitas. Além da sobrecarga do sistema de saúde no país, o fim da política de Covid Zero pode impactar o crescimento econômico e os preços das commodities.

Mais do que uma recessão, os riscos de uma deflação global tornam-se crescentes. Nesse cenário, os bancos centrais de países desenvolvidos antecipam os cortes nas taxas de juros, o que fortalece o dólar em relação às moedas de países em desenvolvimento.

2) Fed não corta os juros, nem com recessão

Apesar da economia caminhar em direção à recessão, a inflação pode seguir resistente em 2023. Com isso, o Federal Reserve mantém o plano de voo e sustenta os juros nos Estados Unidos.

3) Fed interrompe liquidez monetária

Ainda em relação ao Fed, a liquidez financeira tende a seguir desafiadora e obrigando uma intervenção no sistema para encerrar ou pausar o chamado “QT” (sigla em inglês para “afrouxamento quantitativo”).

4) BCE corta os juros no 2º semestre

Outra surpresa pode vir da zona do euro. Uma aceleração na queda dos preços de imóveis pode levar o Banco Central Europeu (BCE) a cortar a taxa de juros na segunda metade de 2023.

5) Títulos britânicos (Gilts) em xeque

Ainda na Europa, a situação no Reino Unido pode piorar, levando a um colapso no mercado de bônus, com os títulos britânicos (gilts) ficando sem provisão. 

6) Nada do BC japonês

Não seria surpresa alguma se o Banco Central do Japão (BoJ) permanecer inerte em 2023, mantendo a política monetária ultrafrouxa tal qual como é hoje.

7) O caso de alta da libra

A queda nos preços de energia, a melhora no mercado de trabalho e a resiliência do consumidor podem fomentar a economia britânica. Como resultado, a libra tende a se fortalecer em relação ao dólar.  

8) O Canadá

O Morgan Stanley espera uma surpresa vinda da América do Norte, mais especificamente do Canadá, onde um salto na imigração pode impulsionar o dólar local.

9) Fed revê a meta de inflação de 2%

O Fed pode revisar a meta de inflação de 2% no longo prazo em meio às pressões políticas. 

10) Euro e libra batem máximas

A melhora da questão fiscal no Reino Unido e na zona do euro podem içar as respectivas moedas para novas máximas históricas.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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