BusinessTimes

Track&Field atinge lucro de R$ 13,3 milhões no 2º trimestre

13 ago 2021, 10:33 - atualizado em 13 ago 2021, 10:33
Track & Field
A receita líquida, mesmo sem a participação dos números provenientes de eventos esportivos, saltou 303% no comparativo anual, para R$ 94,4 milhões (Imagem: Track & Field/Divulgação)

A Track&Field (TFCO4) atingiu lucro líquido de R$ 13,3 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 1,3 milhão registrado em igual período de 2020. Os dados são do relatório divulgado na noite desta quinta-feira.

Sob base ajustada – ou seja, desconsiderando a aplicação do IFRS e das despesas não recorrentes -, o lucro da companhia ficou em R$ 13,8 milhões (versus R$ 459 mil entre abril e junho do ano passado).

A receita líquida, mesmo sem a participação dos números provenientes de eventos esportivos, saltou 303% no comparativo anual, para R$ 94,4 milhões. Segundo a Track&Field, o resultado refletiu positivamente o aumento do sell out na rede própria e os efeitos do crescimento das vendas das franquias na venda de mercadorias e royalties.

“Importante destacar que o lançamento da coleção do inverno/2021 ocorreu em abril, enquanto em 2020 ocorreu no mês de março. O deslocamento do lançamento da coleção para o segundo trimestre fez com que as vendas de mercadorias para os franqueados da nova coleção também ocorresse no início do segundo trimestre”, disse a companhia.

Em um ano, as vendas pelo e-commerce caíram de R$ 16,5 milhões para R$ 11,7 milhões. Ainda assim, em relação ao segundo trimestre de 2019, antes do surgimento do coronavírus, o montante representou um aumento de 372,9%.

O indicador SSS (Vendas Mesmas Lojas) cresceu 332%, ante contração de 58,4%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 17,8 milhões, crescimento de 3.774% em relação a um ano antes. A margem subiu 16,9 pontos percentuais e atingiu 18,9%.

Ao fim do segundo trimestre, a Track&Field somava 268 lojas, sendo 40 próprias e 228 de franqueados.

Nova fase de inovação

O fechamento temporário das lojas físicas em decorrência das medidas restritivas para controlar a Covid-19 no Brasil fez com que a Track&Field colocasse em prática os planos de inovação guardados na gaveta.

Em entrevista ao Money Times, Fernando Tracanella, CFO e diretor de Relações com Investidores da Track&Field, disse que a companhia tinha algumas iniciativas inovadoras delineadas em seu modelo de negócio que acabaram ganhando um tom de urgência com a chegada da coronavírus no Brasil.

Ao adotar iniciativas pelo lado do e-commerce e do social selling, a Track&Field conseguiu se recuperar gradualmente dos efeitos da pandemia no segundo trimestre de 2020, período de pico da primeira onda da pandemia.

Nessa nova etapa de inovação, além da parte do consumo, a Track&Field quer investir ainda mais no que é considerado um dos seus maiores diferenciais: o foco na experiência do cliente fora do universo de compras.

“A Track&Field é uma empresa que oferece não só produtos, mas experiências. E isso é uma coisa presente há muito tempo”, disse Tracanella. “A missão da companhia é conectar as pessoas ao estilo de vida mais ativo e saudável. Isso é o nosso norte. Então, a gente quer reforçar cada vez mais isso”.

Desde 2004, a companhia realiza circuitos de corrida. A Track&Field estava fazendo em torno de 80 corridas por ano, e planejava chegar à marca de 100 em 2020, mas não conseguiu devido à pandemia.

Além dos circuitos, a Track&Field desenvolveu um aplicativo de aulas para os clientes. No TFSports, a empresa disponibiliza conteúdos com personal trainers e professores para continuar estimulando a prática de atividades físicas entre os usuários, agora não mais só no âmbito presencial.

“A gente acabou digitalizando também as experiências”, disse o CFO. “[A Track&Field] é uma empresa que entende que o consumidor é cada vez mais omnicanal – ele quer se relacionar com a marca, independente do canal. A gente tem apostado bastante nisso”.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin