Economia

Transporte cai 4,51% e puxa inflação para menor patamar em 42 anos

09 ago 2022, 9:27 - atualizado em 09 ago 2022, 9:27
 A gasolina, individualmente, contribuiu com o impacto negativo mais intenso, de -1,04 p.p.  (Imagem: Pixabay/Engin_Akyurt)

O grupo de Transportes foi o que ajudou na queda da inflação. Em julho, o segmento registrou a queda mais intensa, de -4,51%, e contribuiu com o maior impacto negativo (-1 ponto percentual) no índice. Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou resultado negativo de 0,68%

Trata-se da menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980, e a maior deflação desde o Plano Real. De fevereiro de 1994 para cá, foram registradas deflações em apenas 14 momentos. O último deles foi em maio de 2020, quando o IPCA teve queda de 0,38%.

O resultado foi melhor do que o projetado pelo mercado, que apontava para uma deflação de 0,66%.

A queda no grupo dos Transportes deve-se à redução no preço dos combustíveis (-14,15%). Vale lembrar que a inflação de julho foi impactada pelas medidas do governo de controle nos preços dos combustíveis e energia elétrica.

Além disso, a Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou duas reduções no preço da gasolina vendida em suas refinarias.

O valor da gasolina caiu 15,48%, enquanto o etanol recuou 11,38%. A gasolina, individualmente, contribuiu com o impacto negativo mais intenso, de -1,04 p.p. Também foi registrada queda no preço do gás veicular, com -5,67%.

O único combustível com alta em julho foi o óleo diesel (4,59%), cujo resultado ficou acima do mês anterior (3,82%). O reajuste no preço do diesel, anunciado na semana passada pela Petrobras, deve ser sentido a partir da inflação de agosto.

Entre as altas, o destaque vai para o preço das passagens aéreas, que subiu 8,02% – embora a variação tenha sido inferior à observada em junho (11,32%). O ônibus urbano (0,18%) também registrou variação positiva, consequência do reajuste de 11,36% nos preços das passagens em Salvador (2,30%), aplicado efetivamente a partir de 4 de junho.

No que diz respeito aos veículos próprios (0,65%), houve desaceleração das altas de preços dos automóveis novos (0,11%) e das motocicletas (0,65%), e os automóveis usados tiveram queda de 0,21%.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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