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Tribunal dos EUA diz que moedas do ataque ao Bitcoin SV não poderão ser transferidas

26 ago 2021, 10:05 - atualizado em 26 ago 2021, 16:47
Justiça
Bitcoin SV foi gerado a partir de uma bifurcação do Bitcoin Cash (BCH), o qual foi criado a partir do Bitcoin (BTC) (Imagem: Unsplash/Tingey Injury Law Firm)

Segundo o Decrypt, a corretora internacional Bitmart está em uma disputa judicial para evitar que ocorra a transferência de Bitcoins SV (BSV), supostamente roubados em um hack do dia 9 de julho.

A juíza Alison J. Nathan, de um tribunal distrital dos Estados Unidos, concedeu uma ordem preliminar para a GBM Global Holding Co. Ltd, dona da Bitmart, como uma forma de prevenir que os hackers transferissem as bitcoin SVs roubadas.

A corretora internacional, no mês passado, entrou com um pedido para uma medida preventiva, afirmando que 43 de seus usuários americanos foram atingidos negativamente pelo ataque à rede do Bitcoin SV.

Os hackers teriam alterado transações já feitas, podendo realizar, então, gastos duplos com as moedas. 

Além disso, consta no documento que os hackers movimentaram ativos entre diversas corretoras cripto, incluindo Binance e Huobi. No caso da Bitmart, a companhia congelou 92 contas ligadas ao esquema. 

Bitcoin SV é quase um primo distante do bitcoin (BTC). A criptomoeda foi originada de uma bifurcação (“fork”) do Bitcoin Cash (BCH), o qual é um fork do bitcoin.

Liderado pelo autodenominado criador do bitcoin, Craig Wright, o Bitcoin SV foi gerado devido a disputas quanto ao tamanho dos blocos. 

Naquele momento, a comunidade do Bitcoin Cash afirmava que os tamanhos dos blocos deveriam ser maiores, para facilitar e aumentar a quantidade de transações, o que faria do BCH uma moeda semelhante ao dinheiro.

No entanto, outros, como Wright, contestaram que a atuação do Bitcoin Cash não iria tão longe com esse propósito, o que gerou a criação do BSV – Bitcoin Satoshi’s Vision (algo como “a Visão de Satoshi para o Bitcoin”, em tradução livre).

Porém, há alguns pontos negativos ligados ao aumento dos blocos. Com maior quantidade de transações e informações, a segurança de um bloco diminui, pois esse precisa de mais recursos para manter o mesmo nível de segurança.

No entanto, como os equipamentos que desempenham essa função custam caro, isso poderia gerar uma maior centralização do blockchain, o que aumenta as chances de ataque à rede. Essas preocupações com a segurança fizeram com que corretoras cripto parassem de listar BSV, para evitar possíveis perdas. 

Os usuários do Bitcoin SV, entretanto, parecem somente estar lidando com as perdas da criptomoeda.

De acordo com o site Nomics, o preço do BSV teve uma grande queda desde o início de 2021 e passou por uma “montanha-russa”: após chegar a US$ 441 em abril, a criptomoeda despencou para US$ 157 neste momento.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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