Reforma Tributária

Tributação não tira “charme” de investir pensando em dividendos, revela especialista

09 ago 2021, 16:26 - atualizado em 09 ago 2021, 17:14
Fabio Baroni
O especialista em dividendos, Fabio Baroni da Ações Garantem o Futuro (AGF), argumenta que a reforma tributária proposta pelo Governo não tira as vantagens da renda fixa (Imagem: Divulgação)

A reforma tributária do Governo Federal, encabeçada pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes, concretizou aquilo que vem sendo ventilado pelos mercados há anos: a tributação de dividendos.

Isso assustou um pouco os investidores, principalmente os iniciantes.

No entanto, o especialista em dividendos, Fabio Baroni da Ações Garantem o Futuro (AGF), afirma que as medidas do governo não tiram as vantagens de investir na renda variável.

O especialista cita três motivos. Veja:

1 – Empresas são organismos vivos

Para Baroni, as empresas de setores consolidados já estão no mercado há muito tempo e possuem características fortes em sua história como: barreira de entrada, diferenciais competitivos, histórico de lucros consistentes entre outros.

“Essas companhias tendem a se adaptar as novas regras da reforma tributária seja por meio de conquistas de novas sinergias, renegociação de contratos com fornecedores ou até mesmo aumento de preços ao consumidor final”, aponta.

2 – Movimentos Pró Acionista

Na visão do especialista, as companhias tenderão a adotar estratégias tributárias altamente eficientes e muito provavelmente conseguirão se manter remunerando os acionistas de forma constante.

“Movimentos como bonificações e recompra das próprias ações poderão se tornar bem comuns no intuito de driblar possíveis tributações e continuar gerando alto valor para os investidores de longo prazo”, completa.

3 – Histórico de tributações em países desenvolvidos

Baroni afirma que nos Estados Unidos os dividendos são tributados em 30% “e a estratégia que defendemos funciona muito bem”.

“Empresas de grande porte com as características supracitadas vencem com folga investimentos em renda fixa, ouro, dólar entre outros quando analisamos um horizonte de longuíssimo prazo”, completa.

Além disso, ele lembra que o maior investidor pessoa física do Brasil, Luiz Barsi, começou investindo em ações no Brasil quando os dividendos já eram tributados em 1970, e essa estratégia prosperou inclusive durante esse período.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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