Invasão da Ucrânia

Ucrânia vs Rússia: 6 gráficos mostram impacto da invasão nos mercados

26 fev 2022, 13:13 - atualizado em 26 fev 2022, 13:16
Soldado da Ucrânia, durante invasão da Rússia
Vítimas por todos os lados: tiros disparados na Ucrânia acertam em cheio os mercados (Imagem: REUTERS/Maksim Levin)

A invasão da Ucrânia pela Rússia, deflagrada na madrugada de quinta-feira (24), deixa vítimas por todos os lados – inclusive, no mercado financeiro mundial. Da disparada das cotações do barril de petróleo à queda das principais bolsas de valores, os tiros disparados na Ucrânia atingem em cheio investidores e gestores.

Veja, a seguir, seis gráficos elaborados pela Reuters para ilustrar o impacto do ataque russo sobre os mercados.

1. Petróleo e gás natural disparam

O medo de que o conflito na Ucrânia acarrete problemas no fornecimento mundial de óleo e gás fizeram os preços dessas commodities saltarem nos últimos dias. O barril de petróleo superou os US$ 100 pela primeira vez, desde 2014. O óleo do tipo Brent chegou a US$ 105. No Reino Unido e na Holanda, o gás natural encareceu de 40% a 50% na quinta-feira.

O motivo do pânico nos mercados é simples: a Rússia é a segunda maior produtora de petróleo cru do mundo, além de fornecer cerca de 35% do gás natural consumido pela Europa.

Petróleo e gás disparam com invasão da Ucrânia pela Rússia
(Elaboração: Reuters)

2. Projeções de inflação saltam e impactam a renda fixa

A disparada do petróleo e do gás natural acirraram o temor de um salto na inflação, não apenas na Europa, mas em todo o mundo. O problema é que títulos atrelados à inflação viram seu retorno real (yield) caírem acentuadamente, à medida que seus breakevens, representados pelos custos de empréstimos, corrigido pela inflação, subiam rapidamente.

Segundo a Reuters, isso mostra que, na prática, o mercado acredita que os bancos centrais reduzirão o ritmo de alta das taxas de juros para conter a inflação, a fim de estimular as economias locais atingidas pela invasão da Ucrânia.

Projeção de inflação dispara com invasão da Ucrânia pela Rússia
(Elaboração: Reuters)

3. Bolsas derretem

Apenas na quinta-feira (23), primeiro dia do ataque russo, o mercado global de ação perdeu cerca de US$ 1 trilhão em valor bursátil.

Invasão da Ucrânia pela Rússia derruba Bolsas
(Elaboração: Reuters)

4. A grande derrota da Rússia

A Reuters lembra que, como era de se esperar, a Bolsa russa foi a mais atingida pela invasão da Ucrânia. Apenas na quinta-feira, o Moex, seu principal índice, derreteu 33%, equivalente à pulverização de mais de 1 mil pontos.

Invasão da Ucrânia derruba Bolsa da Rússia
(Elaboração: Reuters)

5. Ucrânia é alvejada

O impacto do ataque russo foi igualmente mortal para os ativos ucranianos. A grívnia, moeda do país, e os títulos do governo despencaram.

Queda de títulos da Ucrânia e moeda com invasão da Rússia
(Elaboração: Reuters)

6. Trigo e grãos nas alturas

A cotação do trigo alcançou seu maior patamar desde meados de 2008, já que a Ucrânia é uma das maiores produtoras do mundo – ao lado de sua agressora, a Rússia. A interrupção das rotas de abastecimento na região do Mar Negro devem agravar a situação, e manter a pressão sobre os preços.

Trigo dispara com invasão da Ucrânia pela Rússia
(Elaboração: Reuters)

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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