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Uso de VPNs e Netflix dispara durante a pandemia

01 abr 2020, 8:54 - atualizado em 01 abr 2020, 8:54
Um estudo por uma fornecedora de VPN descobriu que o uso das redes privadas virtuais disparou 124% nos EUA nas últimas duas semanas conforme cada vez mais cidadãos se autoisolaram em suas casas. Como esperado, o uso de Netflix também aumentou nas regiões afetadas (Imagem: Unsplash/@thibaultpenin)

Conforme mais cidades dos EUA estão em quarentena forçada e milhões de cidadãos estão praticando o autoisolamento, o uso de redes virtuais privadas (VPNs) disparou no país e em diversas outras regiões afetadas.

Uso de VPNs dispara

De acordo com dados coletados da base de usuários da VPN Atlas, houve um aumento de 124% no uso de VPNs nas duas últimas semanas, um aumento de 71% na última semana.

Além disso, pesquisadores descobriram que os EUA são os que mais usam VPNs entre países afetados pela pandemia do COVID-19. Itália e Espanha também as usam bastante, com aumentos de 160% e 58% nas últimas duas semanas.

VPNs não estão mais sendo usadas apenas por adolescentes que querem baixar ou assistir a filmes ilegalmente sem serem pegos.

Hoje, qualquer um que trabalha de forma remota e regularmente acessa Wi-Fi pública usa uma VPN para proteger seu tráfego de internet de curiosos indesejados.

Recomenda-se que usuários de criptoativos usem VPNs porque seus fundos digitais estão em risco ao entrarem em redes desprotegidas sem uma VPN.

Curtindo Netflix durante a quarentena

Talvez não seja surpresa que o uso de Netflix também disparou em diversos dos países mais afetados.

Número de novos usuários da plataforma aumentou bastante nos países mais afetados pelo coronavírus, já que as opções de entretenimento para quem está confinado em casa são bem limitadas (Imagem: Unsplash/@charlesdeluvio)

De acordo com uma nota de pesquisa publicada pela Credit Suisse, Netflix teve aumento de downloads em diversos dos países mais afetados pelo vírus, incluindo Coreia do Sul, Nova Zelândia, Hong Kong, Itália e Espanha.

“Os dados em […] Hong Kong e Coreia são um forte caso de que a Netflix está tendo uma maior demanda, já que houve um grande número de novos downloads do aplicativo em janeiro, continuando até março”, afirmou Douglas Mitchelson, analista da Credit Suisse.

“Na Itália e na Espanha, downloads começaram a aumentar em meados de fevereiro. Na semana passada, downloads quase duplicaram no início de fevereiro na Itália e agora aumentaram em mais de 50% na Espanha”, acrescentou ele.

“Netflix deve se beneficiar bastante do envolvimento de usuários, principalmente nos EUA e na Europa, onde são exigidas medidas de distanciamento social em grande escala, e as pessoas estão presas em casa com opções limitadas de entretenimento”, concluiu Mitchelson.

Não é surpreendente que, quando as pessoas são forçadas a permanecer em casa, serviços de streaming, como Netflix, terão alta demanda. Na verdade, Netflix possui uma demanda tão grande na Europa que a União Europeia pediu que o serviço de streaming não sobrecarregasse a internet.

O comissário europeu Thierry Breton declarou no Twitter que pediu para Reed Hastings, CEO da Netflix, retirar a alta definição e optar por uma definição de qualidade mais baixa para “garantir o acesso à internet para todos”.

“Após discussões entre o comissário Thierry Breton e Reed Hastings — e dados os desafios extraordinários levantados pelo coronavírus —, a Netflix decidiu começar a reduzir as taxas de bits em todas as nossas transmissões na Europa por 30 dias”, declarou um porta-voz da Netflix ao site Business Insider após o tuíte de Breton.

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