Economia

Vale combustível é um ‘desaforo’ para a categoria, dizem caminhoneiros

23 jun 2022, 8:51 - atualizado em 23 jun 2022, 9:06
Caminhões
A pressão é para que o repasse aos caminhoneiros seja expandido para até R$ 1 mil por mês(Imagem: REUTERS/Diego Vara)

O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, avalia que o voucher que pode ser criado pelo governo federal para auxílio aos caminhoneiros é um “desaforo” à categoria.

“Essa tentativa do governo de criar um vale combustível, um abono para os combustíveis, é um desaforo para a categoria. Esses R$ 400 ao preço do diesel, que é o grande vilão dos caminhoneiros hoje, significa na média 58 litros de diesel. O que fará o caminhoneiro com 58 litros de diesel quando seu consumo mensal é muito maior?”, disse Litti, em vídeo divulgado à imprensa.

O voucher para os caminhoneiros foi cogitado nesta semana pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

A CNTTL defende, assim como outras entidades que representam a categoria, o fim da Política de Paridade de Preço Internacional (PPI) da Petrobras (PETR4), que vincula o preço interno dos combustíveis ao preço internacional do barril de petróleo e ao dólar.

“O presidente (Jair Bolsonaro) precisa criar coragem para enfrentar o problema central e não vir com desabonos que são migalhas para os caminhoneiros. O problema do diesel pode ser resolvido pela sua caneta Bic (do presidente) quando terminar com o fim do preço da paridade internacional da Petrobras”, argumentou Litti. “Não são R$ 400 que resolve, o problema. O problema é o presidente Bolsonaro com a sua caneta Bic assinar o fim da PPI. Essa é a solução”, concluiu.

Conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, depois da reação negativa recente dos caminhoneiros com a proposta do governo Jair Bolsonaro de criar um “auxílio-caminheiro” de R$ 400 por mês, até o fim deste ano, a cúpula do Palácio do Planalto articula com o Congresso a possibilidade de aumentar esse valor.

A pressão é para que o repasse seja expandido para até R$ 1 mil por mês, mas o valor não está definido até o momento.

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