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Vale (VALE3): Por que, mesmo com fraqueza do minério de ferro, dividendos serão fortes?

26 set 2022, 19:15 - atualizado em 26 set 2022, 19:15
Vale Itabira VALE3
Banco cortou projeções do minério de ferro, mas ainda vê Vale com gordos dividendos (Imagem: Janaina Duarte/Vale)

O JPMorgan cortou as estimativas do preço do minério de ferro em 2022 de US$ 136 para US$ 121 e de US$ 105 para US$ 94 em 2023.

O minério de ferro fechou negociado a US$ 98, o que implica um potencial de alta de 38% para este ano, mas uma queda de 4% em 2023.

O banco espera uma produção de aço maior na China, além do aumento dos volumes da Vale (VALE3) e da Rio Tinto, duas das maiores produtoras de minério do mundo.

Mas, mesmo com as reduções das expectativas financeiras das companhias, o JPMorgan continua otimista com a Vale. A ação é a favorita do banco no setor de commodities metálicas.

Por que a Vale?

De acordo com os analistas, apesar da queda do preço do minério de ferro, os dividendos da Vale continuarão robustos, com rendimentos que podem chegar a 19% em 2022 e 16% em 2023.

Embora os analistas vejam espaço para dividendos extraordinários, o que deve engordar os proventos será o programa de recompra de ações, que atualmente está em 10% das ações em circulação.

Além disso, o JPMorgan vê o papel negociando a 3,5 vezes o preço sobre o lucro em 2023, contra 3,8 vezes dos seus pares.

“Os investidores (ainda em baixa na Vale) mostraram um aumento no interesse pela ação pela primeira vez em muito tempo”, destacam os analistas.

No ano, a ação, que começou em disparada, acumula queda de 12,82%, puxada justamente pelo preço do minério de ferro.

O preço-alvo que o JPMorgan tem para a Vale é de R$ 95, com recomendação de compra.

O que impede a valorização da Vale?

A Vale pode voltar a atingir os R$ 100? Analistas acreditam que sim.

Henrique Tavares, analista da DVInvest, diz que isso é possível, mas não é tarefa fácil. Além da retomada do minério de ferro, os juros teriam que retroceder e a pressão inflacionária diminuir, afirma.

O especialista acredita que, embora novas quedas possam acontecer, a ação da Vale não deve cair muito mais.

Régis Chinchila e Luis Novaes, analistas da Terra Investimentos, afirmam que apresentar bons resultados também é um catalisador importante para que as ações voltem a subir e cheguem próximas dos R$ 100.

“Além do cenário favorável, a empresa deve apresentar bons resultados, até porque os dividendos são relevantes para atrair o fluxo comprador para o ativo”, reforçam.

Com Diana Cheng

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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