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VALE3, CSNA3, GGBR4, USIM5: Veja quem vai brilhar (e decepcionar) no 1T23, segundo o Itaú

08 abr 2023, 17:45 - atualizado em 08 abr 2023, 17:45
China, Minério de ferro
Segundo a corretora, entre as siderúrgicas, os resultados da Usiminas devem mostrar a maior melhora trimestral (Imagem: REUTERS/Stringer)

Mal encerramos a temporada de resultados do quarto trimestre de 2022, que se arrastou por três meses, e a safra de resultados do primeiro trimestre já está batendo às portas. O Itaú BBA soltou relatório de prévia das empresas de commodities, entre elas Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5).

Segundo a corretora, entre as siderúrgicas, os resultados da Usiminas devem mostrar a maior melhora trimestral, puxado pelo desempenho nas divisões de siderurgia e mineração.

Além disso, é esperado que a a Gerdau se beneficie dos resultados no Brasil e nos EUA, enquanto a CSN deve registrar um ligeiro aumento trimestral no Ebitda (resultado operacional) do primeiro trimestre.

Veja a seguir o que esperar de cada empresa

Vale: Mais uma decepção

O Itaú espera queda do resultado da Vale, prejudicada por resultados mais fracos nas divisões de minério de ferro e metais básicos.

“Estimamos uma queda sequencial no Ebitda na divisão de ferrosos, uma vez que volumes menores e custos mais altos provavelmente compensarão os preços mais altos”, argumenta.

É esperado que a gigante embarque 57 milhões de toneladas de minério de ferro, queda de 35% ante o quarto trimestre, prejudicados pela menor sazonalidade e restrições logísticas no trimestre.

O Itaú vê ainda uma melhora do preço do minério de ferro, mas com custos maiores.

Segundo os analistas, a Vale deverá lucrar US$ 1,9 bilhão, queda de 46% no trimestre e 55% do ano.

CSN: Resultados mais fortes

Na visão dos analistas, é esperado que a CSN apresente resultados mais fortes do que no quarto trimestre, com Ebitda recorrente de R$ 3,15 bilhões, alta de 1%.

“O desempenho provavelmente será impulsionado por melhores resultados na divisão de mineração, auxiliados por um aumento nos preços do minério de ferro realizado, que mais do que compensaram volumes menores e custos mais altos”, destaca.

Para a divisão de aço, os analistas projetam uma queda sequencial nas vendas domésticas no primeiro trimestre (-8%), principalmente devido à menor produção no trimestre; já as exportações devem aumentar em 20%.

Gerdau: sequencialmente mais forte

O Itaú projeta alta de 13% para o Ebitda da Gerdau, a R$ 4,1 bilhões, impulsionado principalmente por resultados mais fortes no Brasil e nos EUA.

“Espera-se que as margens no Brasil aumentem 3 pontos percentuais no trimestre, para 14%, com maiores volumes e menores custos”, coloca.

Além disso, as margens na divisão de aços especiais devem permanecer estáveis, enquanto a América do Sul deve apresentar um aumento sequencial.

Em R$ Variação no ano Variação no trimestre
Lucro 1,774 bi -39.7% 45.6%
Receita 19,397 bi -4,60% 8%
Ebitda 4,100 bi -29.6% 12.9%

Usiminas: Melhora sequencial

Pelos cálculos dos analistas, a Usiminas apresentará resultados sequencialmente mais fortes no primeiro trimestre, com Ebitda consolidado de R$ 755 milhões (aumento de 30%).

“Os resultados para o negócio de aço provavelmente mostrarão uma melhoria sequencial, já que os custos
de aço mais baixos e os volumes mais altos mais do que compensaram os preços mais baixos”, dizem.

Já os resultados da mineração também devem aumentar sequencialmente, seguindo a melhora nos preços do minério de ferro, que mais do que compensaram os volumes mais baixos.

Em R$ Variação no ano Variação no trimestre
Lucro 536 mi 55.0%
Receita 7,732 bi 1.4% 0.9%
Ebitda 755 mi 51.6% 30.4%

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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