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VALE3, CSNA3, USIM5: Ações saltam com minério de ferro, mas nem todas merecem ‘compra’; confira

29 nov 2022, 19:02 - atualizado em 29 nov 2022, 19:02
Empilhador descarrega minério de ferro em mina na região de Pilbara, na Austrália Ocidental
Na Bolsa de Dalian, na China, o minério de ferro atingiu seu maior nível em 23 semanas (Imagem: REUTERS/David Gray/File Photo/File Photo)

O setor de mineração e siderurgia foi destaque positivo do Ibovespa nesta terça-feira (29). Impulsionadas pelo avanço do minério de ferro na China, as ações de CSN (CSNA3), Vale (VALE3) e outras empresas engataram forte alta no pregão.

Os papéis da CSN e de sua controlada CSN Mineração (CMIN3) estiveram no topo de valorizações do índice, avançando 8,47% e 7,61%, respectivamente.

A Usiminas (USIM5) subiu 6,04%, enquanto Vale computou ganhos de 3,86%. A Gerdau (GGBR4) também subiu, na ordem de 5,98%.

Na Bolsa de Dalian, na China, o minério de ferro atingiu seu maior nível em 23 semanas, apoiado pela série de medidas do governo chinês para apoiar as incorporadoras imobiliárias do país, que vivem uma crise.

O minério de ferro de referência para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com alta de 2,3%, a 770,50 iuanes, ou US$ 107,45, a tonelada. No início da sessão, o contrato chegou a atingir 780,50 iuanes, maior alta desde meados de junho.

Os estímulos que a China está injetando no setor imobiliário local deram ânimo extra aos traders. Dentre as medidas está a permissão por parte do regulador de valores mobiliários do país para que desenvolvedores chineses listados na China e em Hong Kong vendam ações adicionais para adquirir ativos imobiliários, reabastecer o capital de giro ou pagar dívidas.

A suspensão da proibição desse tipo de refinanciamento tem como propósito ajudar a estabilizar a segunda maior economia do mundo, que tem sido fortemente penalizada pelas restrições da política de Covid Zero.

Apesar do avanço nesta terça, as incertezas quanto ao ritmo de retomada da economia chinesa seguem elevadas.

Ações para investir agora

O Santander está mais otimista em relação ao desempenho do minério de ferro do que do aço. O banco ainda tem a Vale como ação top pick no setor de mineração e siderurgia, com recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) e preço-alvo de US$ 18 para o ADR (American Depositary Receipt).

A recomendação de outperform também se aplica à CSN, embora a instituição tenha cortado recentemente o alvo do papel para R$ 20. A controlada CSN Mineração também tem recomendação de outperform, com preço-alvo de R$ 5.

Em relação à Usiminas, o Santander está mais cauteloso. A recomendação foi rebaixada para “neutro” e o preço-alvo sofreu corte, de R$ 14,50 para R$ 9.

Destaque positivo da temporada de resultados do terceiro trimestre, a Gerdau é outperform para o Santander e preferência do Itaú BBA no setor. Analistas do BBA veem um sólido momentum para as operações da América do Norte da siderúrgica, na expectativa de que a demanda na região se mostrará ainda resiliente, com setores se beneficiando dos estímulos em infraestrutura.

Além das boas expectativas para a demanda, Fernando Ferrer, da Empiricus, reforça que a Gerdau está pagando bons dividendos e é uma empresa pouco endividada.

“Hoje, ela tem o menor nível de endividamento da sua história. Grande parte disso tem a ver com sua estratégia de desinvestimentos, que se iniciou em 2014, e com o maior foco na redução de custos e despesas”, defende o analista.

Ferrer tem recomendação em Metalúrgica Gerdau (GOAU4), holding que controla a Gerdau. Segundo ele, mesmo se considerar uma queda de 40% no Ebitda da empresa em 2023, ela continua barata, negociada a 3,5 vezes valor da empresa sobre Ebitda.

A Empiricus também tem recomendação em Vale. A casa reconhece que, após um terceiro trimestre mais fraco e com os riscos de recessão global e o fechamento da economia chinesa, o valor intrínseco para a mineradora piorou. Porém, Ferrer destaca que a queda da cotação foi bem maior.

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O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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