VALE3, CSNA3, USIM5 e mais: O saldo das mineradoras e siderúrgicas em 2022

O ano de 2022 não foi fácil para o setor de mineração e siderurgia, que viveu seus altos e baixos seguindo a forte volatilidade dos preços do minério de ferro.

O começo do ano pode ter sido forte para as exportadoras, com a guerra na Ucrânia marcando o início de uma trajetória acelerada de alta dos preços das commodities e provocando um rali das ações na Bolsa, mas a desaceleração das economias globais (em especial, a China) e o temor da recessão reverteram o quadro de bonança.

A derrocada do minério de ferro no fim do primeiro semestre perdurou por boa parte da segunda metade de 2022, levando junto os papéis de Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e outras empresas negociadas na Bolsa brasileira.

As duras restrições impostas pela política de Covid Zero na China trouxeram impactos profundos para a atividade econômica do país. O governo chinês impôs lockdowns bastante restritivos para conter os surtos de coronavírus nas províncias, impedindo a circulação de pessoas e colocando a recuperação da atividade da segunda maior economia do mundo em xeque.

Paradas temporárias nas fábricas, temores de demanda fraca e a crise imobiliária chinesa contribuíram para pressionar ainda mais os preços do minério de ferro.

Recuperação, ainda que gradual

O minério de ferro está reagindo às notícias de flexibilizações da política de Covid Zero na China. Com o ânimo renovado dos mercados diante da reabertura econômica chinesa, os preços do minério de ferro se recuperaram nos últimos dois meses. Juntamente, as ações brasileiras expostas ao ingrediente siderúrgico voltaram a ganhar força.

De mínimas do ano em setembro, quando a ação era cotada perto dos R$ 60, a Vale deu uma boa engatada e atualmente é negociada acima dos R$ 80. A mineradora foi um dos destaques positivos do Ibovespa em novembro, tendo avançado mais de 20% no mês.

Leia também

Mercados

Ibovespa fecha estável com mercado focado no anúncio do Copom

Fundos Imobiliários

Fundo imobiliário reduz taxa de vacância e estima rendimento adicional por cota; Índice opera morno à espera do Copom

Segundo Matheus Spiess, analista da Empiricus, é difícil que a China volte atrás em sua decisão de flexibilizar as restrições contra a Covid-19. Para ele, a abertura deve ser contínua e marginal.