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Vamos (VAMO3): Ações derretem 8% após 1T25, mas analistas indicam compra

07 maio 2025, 11:48 - atualizado em 07 maio 2025, 11:48
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As ações da Vamos performam entre as maiores baixas do Ibovespa após números do 1T25 (Imagem: Vamos/Divulgação)

As ações da Vamos (VAMO3) derretiam mais de 7% na primeira hora de pregão desta quarta-feira (7), após a companhia reportar lucro líquido de R$ 107,8 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), um recuo de 45,6% na comparação com o mesmo período de 2024.

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Por volta de 11h40 (horário de Brasília), os papéis caíam 8,71%, a R$ 4,40. Acompanhe o tempo real.



A empresa de aluguel e gestão de frotas de veículos pesados, que faz parte do grupo Simpar, divulgou na noite de terça-feira (6) crescimento de 10,1% no resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização) do primeiro trimestre.

O Ebitda foi de R$ 886,7 milhões e a empresa apurou receita líquida de R$ 1,33 bilhão, expansão de 23,6% sobre um ano antes.

Analistas, em média, esperavam lucro de R$ 130 milhões, Ebitda de R$ 918 milhões e receita de R$ 1,36 bilhão, segundo dados da Lseg.

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A alavancagem do grupo, uma preocupação dos investidores, recuou de 3,6 vezes para 3,3 vezes.

Vale lembrar que este trimestre foi o segundo após a reestruturação societária da empresa, que resultou na cisão do segmento de concionárias para a Automob. Dessa maneira, a Vamos está totalmente focada em locação e operações industriais.

Projeções da Vamos

A Vamos divulgou também o seu guidance (projeções). A empresa espera obter um lucro líquido entre R$ 450 milhões e R$ 550 milhões em 2025, projetando também fechar o ano com um patamar de alavancagem entre 3 e 3,2 vezes, ante 3,3 vezes em 2024.

A previsão para o lucro líquido considera uma Selic média de 14,7% para o período de abril a dezembro deste ano, conforme fato relevante ao mercado.

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A empresa também projetou um Ebitda entre R$ 3,85 bilhões e R$ 4,15 bilhões este ano, com investimento (capex) líquido de R$ 2 bilhões a R$ 2,2 bilhões no mesmo exercício.

Segundo a Vamos, as projeções se basearam em premissas divulgadas no final do ano passado, que incluem a perspectiva de um investimento (capex) implantado de R$ 5 bilhões no ano, sendo R$ 3,3 bilhões desembolsados para a compra de novos ativos.

Analistas da XP Investimentos notam que o novo guidance de lucro líquido implica uma redução considerável tanto em relação aos R$ 608 milhões estimados pela cada, de -18%, quanto aos R$ 653 milhões do consenso, menor em 23%.

O que dizem analistas sobre o balanço?

Na avaliação do BTG Pactual, o balanço mostrou um início de ano suave. Os resultados vieram próximos das previsões do banco, no entanto, com resultado líquido abaixo do esperado.

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Na avaliação dos analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, o lucro foi impactado por maiores despesas financeiras decorrentes do aumento da dívida líquida e de uma alíquota efetiva de imposto mais alta de 28%.

“A Vamos apresentou sólido crescimento da receita e alavancagem estável no 1T25, mas o resultado permanece sob pressão devido às elevadas despesas financeiras e à ociosidade de ativos”, dizem.

Os analistas destacam que, com a cisão da Vamos Concessionárias, a empresa agora está totalmente concentrada nas operações de locação, reduzindo a exposição às receitas cíclicas das concessionárias.

Olhando para o futuro, o BTG espera que o mercado monitore:

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  • A realocação da frota ociosa;
  • Execução da estratégia Sempre Novo;
  • Tendências de preços e rendimentos dos aluguéis;
  • Recuperação das margens;
  • Disciplina no balanço patrimonial.

“Embora as ações sejam negociadas a uma avaliação pouco exigente, a melhora sustentada das margens e dos lucros será importante para os investidores monitorarem e recuperarem a confiança no caso”, dizem os analistas.

A recomendação do BTG para VAMO3 é de compra, com preço-alvo de R$ 15.

O Itaú BBA aponta que, apesar do resultado líquido abaixo do esperado, explicado por maiores despesas financeiras e aumento de taxas, do lado positivo, a empresa conseguiu entregar o menor nível de reintegrações de posse de ativos visto nos últimos trimestres.

Ao mesmo tempo, a equipe de analistas liderada por Daniel Gasparete nota que a companhia renovou vários contratos sem a necessidade de adquirir novos ativos, já que os clientes estão concordando em alugar o mesmo ativo ou estão recebendo ativos da Sempre Novo.

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O BBA tem recomendação de compra para a Vamos, com preço-alvo de R$ 11.

*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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