Comprar ou vender?

Varejo com Lula: Quais ações comprar, segundo o Goldman?

31 out 2022, 13:09 - atualizado em 31 out 2022, 13:09
Lojas Renner
Veja as recomendações do Goldman Sachs para o varejo, após vitória de Lula.(Imagem: Marcos Gouveia 20/10/2020. Divulgação)

Após a definição das eleições 2022, em que Lula terminou o pleito com 50,9% dos votos válidos, contra 49,1% de Jair Bolsonaro, o Goldman Sachs revisou suas principais indicações no varejo para o final de 2023.

“Acreditamos que as ações do consumidor reagirão positivamente à vitória de Lula nas eleições presidenciais, pois as expectativas de apoio contínuo à renda e um potencial programa de reestruturação da dívida do consumidor entre as propostas de política podem ser vistas como favoráveis ao consumo”, diz.

Além das eleições, o banco acredita que os investidores mudem seu foco para os eventos comerciais mais imediatos no quarto trimestre de 2022:

  • Copa do Mundo FIFA a partir de 20 de novembro;
  • promoções da Black Friday no período que antecede e por volta de 25 de novembro; e
  • perspectivas para o consumidor brasileiro em 2023.

Perspectivas sobre o varejo

O Goldman coloca que, no curto prazo, as varejistas de alimentos continuem se beneficiando, com uma perspectiva de demanda relativamente forte e apoio governamental contínuo, além da temporada de férias totalmente reaberta e a demanda adicional da Copa do Mundo.

Neste cenário, o banco recomenda compra para Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3), e destaca que as varejistas podem se beneficiar da maior exposição no Nordeste do país.

O Sachs espera que o mundial de futebol seja um fator-chave no desempenho das varejistas, com maior benefício para as de “cash & carry” (o atacarejo), pois atendem as reuniões sociais em ambientes privados ou bares e restaurantes, impulsionadas pelo evento.

O Grupo SBF (SBFG3) é outra companhia do varejo que pode se beneficiar, devido aos artigos esportivos. O banco recomenda compra para a ação, destacando que a empresa pode ver um aumento nas vendas de produtos, principalmente camisas e bolas de times.

Já para varejistas baseados em shoppings, como a Lojas Renner (LREN3) e Arezzo (ARZZ3), a Copa do Mundo pode ter um impacto negativo, aponta o Goldman.

Isso porque o tráfego nos shoppings pode ser afetado pelos jogos, especialmente nos finais de semana, além do campeonato coincidir com as férias de fim de ano, que costumam impulsionar o movimento nos shoppings. Apesar disso, ambas companhias tem recomendação de compra.

O comércio eletrônico também tende a ser afetado negativamente, por motivos semelhantes aos de shopping, diz o Sachs.

“A exposição às vendas de TV pode ser um fator atenuante, embora esperemos que isso beneficie Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) de forma incremental mais do que a Americanas (AMER3). Para o Mercado Livre (MELI34), esperamos que o evento seja um pequeno vento contrário ao crescimento do GMV (volume bruto de mercadoria)”, diz.

Propostas de Lula

Em relação às propostas realizadas por Lula, eleito presidente, o Sachs acredita que possam ser cada vez mais positivas para os consumidores, com potenciais propostas de políticas que podem impulsionar o consumo no curto prazo.

As recomendações do Sachs no varejo:

Empresa Ticker Recomendação
Mercado Livre MELI34 Compra
Magazine Luiza MGLU3 Compra
Americanas AMER3 Neutro
Mobly MBLY3 Neutro
Via VIIA3 Venda
Assaí ASAI3 Compra
Carrefour CRFB3 Compra
Pão de Açúcar PCAR3 Neutro
Arezzo ARZZ3 Compra
Lojas Renner LREN3 Compra
Grupo SBF SBFG3 Compra
Raia Drogasil RADL3 Compra
Petz PETZ3 Compra
Espaçolaser ESPA3 Neutro
Natura NTCO3 Neutro

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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