Economia

Vem aí mais queda da Selic? Campos Neto fala sobre retirada das projeções de cortes da ata do Copom

28 mar 2024, 16:12 - atualizado em 28 mar 2024, 16:12
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O presidente do Banco Central esteve em São Paulo nesta quinta-feira (28) para coletiva de imprensa sobre o relatório de inflação de março (Imagem: Marcos Oliveira / Agência Senado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (28) que a retirada do guidance da última ata da reunião do Copom, divulgada na terça-feira (26), não significa uma mudança do cenário, mas sim uma abordagem mais cautelosa quanto aos cortes de juros nas próximas reuniões.

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“O cenário não mudou substancialmente; entende-se que temos menos visibilidade. Ter menos visibilidade não quer dizer que o caminho mudou”, apontou Campos Neto, durante a coletiva de imprensa do relatório de inflação do mês de março.

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Na última reunião, o Comitê decidiu por mais um corte de 0,50 ponto percentual (p.p) na Selic, a taxa básica de juros, que agora está a 10,75% ao ano. Já na ata, foi sinalizado que um corte de mesma magnitude poderia ser previsto para a próxima reunião, retirando o plural que estava sendo adotado até então nos últimos comunicados.

Além disso, no relatório de inflação divulgado hoje, o Comitê ainda enfatiza que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da “evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, conforme descrito no texto.

Campos Neto citou ainda as incertezas tanto no cenário internacional quanto no nacional, falando rapidamente sobre a questão fiscal. Para o presidente da autarquia, a equipe não entende que o fiscal hoje geraria uma surpresa muito negativa como o mercado espera. No entanto, eles continuam preocupados com a trajetória da dívida, em como será a estabilidade fiscal para frente, como serão as trajetórias de dívidas e como isso impacta o cenário inflacionário. Isso, segundo ele, não mudou.

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PEC da autonomia do Banco Central 

O chefe do banco central brasileiro ainda foi questionado sobre as recentes falas do ministro da Economia, Fernando Haddad, sobre a PEC que prevê a autonomia financeira do BC. Sobre o assunto, Neto lembrou que a proposta não foi enviada pela autarquia e, sim, pelo legislativo.

Em entrevista para a CNN, Haddad criticou o fato de Campos Neto ter ignorado o governo na articulação da proposta e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi procurado para debater o assunto.

“Eu fui o promotor da aproximação do Roberto com o governo, em geral, e com o presidente da República, em particular. Eu penso que, em se tratando da Constituição do país, haveria uma conversa prévia. E não houve. Foi isso o que eu disse para o Roberto”, disse Haddad.

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No entanto, durante o evento mais cedo, Campos Neto disse que tem tentado uma aproximação maior do legislativo com o governo para que ambos estejam integrados e conversando sobre o assunto. “Esse assunto não era para ter sido tratado na mídia, foi o que combinei com o ministro Haddad”, ressaltou.

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A PEC 65/2023 determina que a autoridade monetária deixe de ser uma autarquia federal com orçamento vinculado à União e passe a ser uma empresa pública com total autonomia financeira e orçamentária.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
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