Comprar ou vender?

Venda a ação desta elétrica ‘altamente alavancada’, diz UBS BB

05 jun 2023, 16:53 - atualizado em 05 jun 2023, 16:56
Energy China International
Para os analistas do banco, são preocupações o vencimento do contrato PPA em dezembro de 2023 da Termofortaleza. (Imagem: Pixabay/NickyPe )

O UBS BB rebaixou a recomendação para as ações da empresa de geração e comercialização de energia elétrica Eneva (ENEV3), de neutro para venda, cortando o preço-alvo em 12 meses de R$ 15 para 10,50 – potencial queda de 12% -, segundo relatório assinado por Giuliano Ajeje e equipe.

A instituição pontuou que o excesso de oferta de energia continua pressionando os preços para baixo. Segundo os analistas, a forte entrada de fontes renováveis na matriz brasileira dificulta a capacidade da Eneva de renovar os contratos de energia de reserva.

O cenário, explicam, leva o banco a ter expectativa por um menor despacho das usinas termelétricas (UTE) e esperar que Parnaíba I, II e III se tornem UTEs comerciais ao final seus contratos, “provavelmente impactando o crescimento da Eneva, sem receita fixa”.

Empresa alavancada e mudança de contratos

O UBS BB afirmou que a Eneva está altamente alavancada (dívida líquida/Ebitda a 1T23 de 4,6x) em um cenário de altas taxas de juros. “Isso somado ao excesso de oferta de energia leva a um menor despacho e entrada de receita substancialmente menor”, sublinhou.

Para os analistas do banco, também são preocupações o vencimento do contrato PPA em dezembro de 2023 da Termofortaleza. “Esperamos que outro PPA seja assinado; no entanto, os investidores devem ficar atentos ao preço do contrato”, comentaram.

Além disso, segundo o UBS BB, há o risco de venda da Bahia Terra devido às mudanças na gestão da Petrobras e aos atrasos do desinvestimento do novo governo.

A Eneva registrou lucro líquido de R$ 223 milhões no primeiro trimestre, alta de 21% ante o mesmo período do ano passado, em meio a uma diversificação de negócios na companhia.

“A gente está diversificando os nossos negócios… É um modelo de negócios completamente diferente de uma Eneva de dois anos atrás, que foi reconstruído em 2022 e agora em 2023 a gente começa a entregar”, afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Marcelo Habibe, à época da divulgação do balanço mais recente. 

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.