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Via (VIIA3): 4 pontos que fariam o BTG mudar a recomendação de ‘neutro’ para ‘compra’

10 mar 2022, 15:38 - atualizado em 10 mar 2022, 15:38
Megaloja Casas Bahia, Via
Analistas continuam cautelosos com o e-commerce no curto prazo, e por isso seguem com recomendação “neutro” para Via (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)

O BTG Pactual (BPAC11) reiterou a recomendação “neutro” para as ações da Via (VIIA3) após a divulgação dos resultados trimestrais.

Apesar dos números terem vindo acima do esperado e sinalizarem dados qualitativos positivos para as operações digitais (houve aumento no número de lojistas e SKUs no marketplace), analistas continuam cautelosos com o e-commerce no curto prazo.

Segundo o BTG, o setor vive não só o impacto da inflação e do aumento das taxas de juros, como também três preocupações que, na avaliação do banco, devem persistir nos próximos meses:

  • desaceleração do e-commerce local, principalmente para operadoras de 1P (modelo no qual a empresa tem domínio de toda a cadeia) e de eletrônicos;
  • concorrência de players nacionais e internacionais (mais descontos e subsídios e CAC [custo de aquisição por cliente] crescente); e
  • preocupações com níveis de margem sustentáveis para players de e-commerce, dada a perspectiva competitiva à frente.

Reclassificação

Segundo o BTG, a reclassificação da ação depende de quatro pontos:

  • monetização dos créditos tributários, que estão de acordo com as estimativas da empresa;
  • recuperação sustentável do tráfego de pessoas nas lojas;
  • desempenho de seu negócio de e-commerce (especialmente um sólido progresso em novas categorias na sua divisão
    de marketplace); e
  • monetização do GMV (volume bruto de mercadorias) nos próximos trimestres.

4T21

Via (VIIA3) registrou lucro líquido operacional de R$ 125 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 73,4% em relação ao mesmo período de 2020, de acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira (9).

O lucro líquido contábil atingiu R$ 29 milhões no trimestre.

A receita líquida caiu 14,2%, totalizando R$ 8,1 bilhões. O GMV (volume bruto de mercadorias) total bruto, que considera e-commerce e lojas físicas, registrou queda de 6,9% no comparativo anual, chegando a R$ 11,8 bilhões.

Porém, em 2021, a companhia registrou crescimento de quase 15% no GMV, a R$ 44,6 bilhões, impulsionado pelo marketplace.

De acordo com a Via, o maior sortimento e a amplitude de categorias impulsionaram a alta de aproximadamente 100% no indicador do segmento, que totalizou aproximadamente R$ 6,4 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado operacional ficou em R$ 734 milhões no quarto trimestre, alta de 6,7% na comparação ano a ano, com margem de 9%.

Na avaliação dos especialistas do mercado, os resultados vieram mistos, com números que conseguiram surpreender positivamente alguns analistas, mas deixaram a desejar para outros.

Os investidores não receberam bem o balanço. Após abrir em queda, a ação da Via continua em trajetória de baixa. Às 15h25, caía 4,99%, a R$ 3,24.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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