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Victor Marques: a revolução – não tão – silenciosa do mercado de investimentos

20 set 2021, 12:32 - atualizado em 20 set 2021, 14:04
Mercados Investimentos Gestoras de Recursos
“O volume de investimentos comprova que os fundos acreditam que há boas oportunidades no mercado de startups brasileiro”, afirmou o colunista (Imagem: Unsplash/Frank Busch)

A Bolsa de Valores é geralmente alvo de grande atenção do mercado de investimentos. Mas uma tendência vem ganhando espaço nos veículos de notícias recentemente: o Venture Capital.

Os investimentos de risco, em startups, atraem cada vez mais notoriedade, seja pelos volumes investidos, grandes nomes de startups com as quais os clientes interagem no dia a dia ou pelos grandes fundos de investimento internacionais que vêm aumentando seus aportes no Brasil e na América Latina.

O Venture Capital no Brasil

Somente em agosto, de acordo com dados do Slinghub, foram 67 rodadas de investimento em startups brasileiras, totalizando US$ 1,4 bilhão em investimentos e dois novos unicórnios – como são chamadas as startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão.

E quando o assunto é unicórnio, A LAVCA (Latin America Venture Capital Association) divulgou que o Brasil já possui 19 empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, liderando o ranking de países da América Latina com o maior número de unicórnios.

O volume de investimentos comprova que os fundos acreditam que há boas oportunidades no mercado de startups brasileiro.

Já o número de unicórnios dá a dimensão do valor de mercado que pode ser atingido pelas companhias de capital fechado – mesmo antes do IPO.

Startups na Bolsa de Valores

E depois do IPO? A chegada de startups na Bolsa de Valores é uma realidade recorrente nos EUA: só nos últimos tempos, Stripe, Coinbase e AirBnb chegaram nas bolsas de valores valendo bilhões e garantiram rentabilidades ainda maiores para aqueles investidores que aportaram enquanto ainda eram empresas de capital fechado.

No Brasil o movimento se repete, ainda que mais tímido: Enjoei, Méliuz e Locaweb são alguns exemplos de startups que abriram seu capital na B3. Temos ainda startups brasileiras que decidiram oferecer suas ações no mercado americano, como VTEX e Zenvia, na NYSE e Nasdaq, respectivamente.

Faz sentido investir antes?

Mas se é possível aguardar as startups chegarem na Bolsa, por que investir antes? Qual o interesse dos fundos de investimento em aportar em empresas que ainda possuem o capital fechado, muitas vezes sem apresentar lucro? A resposta, como recorrente no mercado de investimentos, tem a ver com a relação entre risco e retorno.

Apesar do maior risco de investir em startups que ainda não abriram seu capital – e portanto podem apresentar maturidade menor que as que já fizeram seu IPO -, o retorno, para as apostas que derem certo, é infinitamente maior.

O que os grandes fundos e outros tipos de investidores de Venture Capital perceberam é que os grandes lucros não estão mais no IPO. Os melhores múltiplos de rentabilidade ficam reservados para aqueles que – apesar do maior risco – compram sua participação na startup antes.

Ainda, fundos de renome internacional como Softbank e Sequoia Capital, já declaram que parte dos seus investimentos devem ocorrer em startups em estágio ainda mais inicial, aplicando até mesmo volumes menores de capital em mais rodadas de investimento early stage.

Como participar dessa revolução

A revolução, de fato, está lá atrás, muito antes do IPO. Para que as startups cheguem ao estágio de abrir seu capital em uma bolsa de valores é necessário que ela capte investimentos em rodadas mais iniciais, apoiando seu crescimento e escalada no mercado.

Aqueles que investem nas rodadas mais iniciais, adquirem participação por valor muito inferior e garantem exposição à possibilidade de retornos exponenciais, comuns no Venture Capital.

Para investir nessas rodadas iniciais é possível participar de grupos de investidores-anjo ou aportar em fundos de Venture Capital, opções que costumam exigir investimentos maiores, recorrentes e sem controle das startups escolhidas. 

Para quem deseja começar a incluir startups em seu portfólio de investimentos, as plataformas de investimento são uma excelente opção: fornecendo deals frequentes, menores tickets de entrada e a possibilidade de se tornar sócio de uma empresa ainda em estágios iniciais.

A CapTable é a maior plataforma de investimento em startups do Brasil e permite democratizar o acesso à essa revolução.

Victor Marques é Head de Conteúdo na CapTable, maior hub de investimentos em startups do Brasil, que democratiza o acesso aos investimentos em startups e conecta seus mais de 5000 investidores a empreendedores com negócios inovadores – tendo captado mais de R$ 29 milhões para 21 startups somente em 2021. Também, é redator parceiro da StartSe. Formado em Letras e Mestre em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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