BusinessTimes

Você tem ações da Ambev? Então, venda agora, ou perca 8%, alerta o UBS

17 abr 2020, 17:01 - atualizado em 17 abr 2020, 17:01
cerveja-ambev-
Ressaca: vendas da Ambev dependem muito de bares fechados pela pandemia, explica UBS (Imagem: Divulgação Ambev)

Em relatório obtido pelo Money Times, o UBS rebaixou a recomendação da Ambev (ABEV3) para venda, após cortar o preço-alvo de seus papéis. Para as ações, o valor recuou de R$ 14 para R$ 11. O valor assinala que as ações podem cair 8% em relação ao preço corrente, segundo o banco suíço.

Em função disso, o UBS também rebaixou o preço-alvo de suas ADRs (American Depositary Receipts) de US$ 3,20 para US$ 2,10, o que representa uma queda potencial de 8,5% sobre a atuação cotação.

Sean King e Nik Oliver, que assinam o relatório, afirmam que a elevada exposição da cervejaria a bares e restaurantes, que respondem por mais de 50% de suas receitas, não é nada bom, em tempos de coronavírus.

Para a dupla, essa grande dependência é um “significativo vento contrário, à medida que mais países restringem a mobilidade [das pessoas] e as atividades [não essenciais]”.

Sob pressão

Os analistas acrescentam que a Heineken deve aumentar a pressão sobre a Ambev no segmento premium em seu próprio quintal – o Brasil. Para não dizer que o UBS não vê nada de animador no futuro da cervejaria, o banco lembra que a Ambev possui a maior plataforma de e-commerce entre as grandes companhias do setor, e responde por 10% das vendas.

Para calcular os novos preços-alvos das ações e das ADRs, o UBS baseou-se num múltiplo P/L (preço/lucro) projetado para 2021 menor que o anterior – 13 vezes, ante o original de 18 vezes.

Para se ter uma ideia do que isso quer dizer, basta lembrar que este é o menor múltiplo P/L já estimado pelo UBS para a cervejaria.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.