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Voucher para caminhoneiros da “PEC do desespero” não é nada para o biodiesel em 10% de blend

28 jun 2022, 9:51 - atualizado em 28 jun 2022, 9:58
Caminhoneiros
Sem expectativa de amento da mistura, biodiesel não cresce em produção (Imagem: REUTERS/Washington Alves)

Não vai ser o voucher de R$ 1 mil que fará 900 mil caminhoneiros rodarem mais e consumirem mais diesel, daí que para o setor de biodiesel nada mudará com a “PEC do desespero”, como está sendo chamada o pacote de bondades do governo cujo relatório será apresentado no Senado nesta terça (28).

Não há nenhuma previsão de alta do comércio do derivado do petróleo que demandasse maior entrega de biocombustível para a mistura, com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional tentando azeitar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro via também o vale-gás e aumento do Auxílio Brasil.

O que mudaria é se a mistura saísse dos 10% (B10) e fosse a 14% (B14), como deveria estar desde março, diz Donizete Tokarski, diretor-superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).

Naquele mês, o governo estendeu o embargo de aumento vendo a soja, principal biomassa do renovável para caminhões, como potencializadora da elevação do diesel.

O executivo da Ubrabio comenta, ainda, que a capacidade ociosa da indústria é de 50% ante o que a ANP aprovou para 2022, ou seja, as destilarias poderiam suportar até 13 bilhões de litros.

Daria para suportar tanto o incremento da mistura quanto vouchers superiores e para muito mais caminhoneiros.

Pelos dados da ANP, em maio os fabricantes entregaram 539,5 milhões de litros de biodiesel, leve alta sobre maio de 2021, maior volume em 7 meses desde que o B10 foi adotado.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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