Wall Street tem triplo recorde pela 3ª vez consecutiva com Nvidia (NVDA) e expectativa de corte nos juros
As expectativas de corte nos juros dos Estados Unidos continuaram a impulsionar o apetite ao risco e os índices de Wall Street renovaram os recordes históricos nesta terça-feira (28) pela terceira sessão consecutiva.
O índice S&P 500 ultrapassou os 6.900 pontos pela primeira vez durante a sessão e renovou a máxima intradia histórica.
Confira o fechamento dos índices de Wall Street:
- Dow Jones: +0,34%, aos 47.706,37 pontos — no maior nível nominal histórico;
- S&P 500: +0,23%, aos 6.890,886 pontos — no maior nível nominal histórico;
- Nasdaq: +0,80%, aos 23.827,49 pontos — no maior nível nominal histórico.
O que movimentou Wall Street hoje?
Os índices de Wall Street tiveram mais um dia positivo com apoio das ações de tecnologia — principalmente, da inteligência artificial (IA).
As ações da Nvidia (NVDA) subiram mais de 5% após uma série de anúncios da companhia. Durante a conferência GTC, o CEO Jensen Huang disse que suas unidades de processamento gráfico Blackwell (GPU, na sigla em inglês) — os chips de IA mais rápidos da empresa — agora estão em plena produção no Arizona. Anteriormente, as GPUs mais rápidas da Nvidia eram fabricadas exclusivamente em Taiwan.
A gigante de semicondutores também investirá na Nokia. Segundo a companhia finlandesa, a Nvidia fará um investimento de US$ 1 bilhão em equipamentos de telecomunicações.
As duas companhias devem trabalhar em soluções de rede de IA e explorar oportunidades para incorporar tecnologias ópticas e de comutação da Nokia na futura arquitetura de infraestrutura de IA da Nvidia.
Ainda no setor de tecnologia, as ações da Microsoft (MSFT) tiveram alta de mais de 2% na expectativa pelos resultados trimestrais. A divulgação do balanço está prevista para a amanhã (29), depois do fechamento dos mercado. A companhia de Bill Gates e a Apple (AAPL) ultrapassaram US$ 4 bilhões em valor de mercado, ficando atrás apenas de Nvidia.
Os investidores também operaram à espera da nova decisão de política monetária. Hoje (28) foi o primeiro dia de reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) — equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro.
A expectativa é de que o Fomc reduza os juros em 0,25 ponto percentual. A decisão será divulgada amanhã (29), acompanhada da entrevista coletiva como presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, os agentes financeiros veem 97,8% de chance de o Fed reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Na última sexta-feira (24), a probabilidade era de 96,2%.
No radar, a paralisação (shutdown) do governo dos Estados Unidos já é a segunda mais longa da história, com 28 dias, segue ainda sem perspectiva de acordo entre os democratas e os republicanos. Segundo a Casa Branca, os dados de inflação do próximo mês podem não ser divulgados devido à paralisação do governo.
Acordos comerciais
Os investidores também seguiram acompanhando a viagem de Donald Trump à Ásia.
Nesta terça-feira (28), o Japão e os Estados Unidos fecharam acordos e parcerias sobre reatores de energia nuclear de nova geração e terras raras
Trump e a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, assinaram os documentos, que incluíam minerais críticos, no Palácio Akasaka em Tóquio.
Segundo comunicado da Casa Branca, os dois países usarão ferramentas de política econômica e investimentos coordenados para acelerar o “desenvolvimento de mercados diversificados, líquidos e justos para minerais essenciais e terras raras”
Eles pretendem fornecer apoio financeiro a projetos selecionados nos próximos seis meses, acrescentou a nota.
Um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China também é esperado. Trump deve se reunir como presidente da China, Xi Jinping, na próxima quinta-feira (30) na Coreia do Sul.