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Web 3.0: o que podemos esperar da futura internet descentralizada? 

13 fev 2021, 11:00 - atualizado em 12 fev 2021, 14:58
Confira, na primeira parte de artigo escrito por Mason Nystrom, da Messari, o que é a famosa Internet 3.0 (Imagem: Freepik/vectorpouch)

Basicamente, a Web3 (ou Web 3.0) é a próxima era da internet, uma mudança de paradigma para uma internet mais democratizada.

Web3 se manifesta por meio de novas tecnologias, como criptomoedas, realidade virtual (VR) e aumentada (AR), inteligência artificial (IA) e mais.

Possível graças às novas tecnologias, o movimento da Web3 foi impulsionado por uma mudança em como nós, o coletivo, consideramos e valoramos a internet. Web3 é sobre criar uma internet que funcione para as pessoas e seja comandada por essas pessoas.

Antes, não havia nada; depois, veio a internet

Basicamente, a internet alterou a forma como vemos o mundo como o conhecemos. Essa não é uma declaração controversa. Porém, é importante enfatizar que, por ter sido absurdamente subestimada, a internet mudou tudo.

Pense em um assunto ou tópico com o qual você se importa — seja econômico, político ou social — e, com apenas uma pesquisa no Google, você verá que a internet reformulou ou transformou radicalmente esse assunto.

Econômico

A internet é diretamente responsável pelo surgimento da globalização e do e-commerce — duas tendências que tiveram um profundo impacto no mundo.

Mais especificamente, nos anos de 2017, 2018 e 2019, o setor de Tecnologia da Informação do S&P 500 duplicou em valor e, hoje, o setor de tecnologia totaliza cerca de 25% de todo o índice S&P 500.

Social

Essa parte é bem óbvia, pois até mesmo a palavra “social” possui um novo significado, em comparação há duas décadas.

Antes pequenas startups, agora Facebook, Google, Instagram e Twitter recebem acima de 40% de seus dólares em capital de risco na forma de anúncios pagos por novas startups.

Embora ainda não se saiba qual será o possível impacto futuro de novas plataformas, como o TikTok, é algo bem surpreendente para influenciadores em redes sociais.

Político

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Ao longo do tempo, a internet continuou “livre”, porém corrompida (Imagem: Pixabay/Wokandapix)

Algoritmos que oferecem notícias escolhidas a dedo, criados para provocar em vez de unir, se tornaram comuns. A internet afetou eleições políticas em todo o mundo, dando origem a uma nova geração de burocratas nativos da internet.

A internet mudou tudo: mercados financeiros, cultura, eleições… Tudo. Existem tão poucas exceções a essa regra que parece ser até uma lei da natureza.

Daqui a uma ou duas décadas, acontecimentos que resultarem ou forem diretamente causados pela internet terão reformulado o mundo diversas vezes. É por isso que o futuro da internet se torna mais importante do que nunca.

Eleições 2020, fake news
e descentralização das redes sociais

Por que precisamos da Web3?

Os primeiros anos da internet foram exploratórios por natureza.

Parecida com a ideologia da Doutrina do Destino Manifesto — a crença de que a expansão dos EUA por continentes americanos era justificável e inevitável —, os primeiros pioneiros de tecnologia sequestraram, cercaram e commoditizaram a internet.

Ao longo do tempo, a internet continuou “livre”, porém corrompida.

Você pode perceber isso em sua vida quando tenta adquirir uma passagem de ônibus, trem ou avião. Todas as suas pesquisas são registradas, vendidas e manipuladas contra você.

Como proteger seus dados
em um mundo tão conectado?

A internet está ao seu dispor, mas você não é mestre dela. Pessoas em todo o mundo enfrentam maiores desafios, principalmente em países onde a internet é parcialmente cercada, restrita ou completamente bloqueada.

A principal característica da internet foi a democratização da informação. Porém, hoje, a informação é bem mais duvidosa, isolada e, em alguns momentos, muito prejudicial. Contas falsas controladas por robôs estão manipulando crianças.

Rostos humanos e realistas, criados com inteligência artificial, irão criar ainda mais problemas para a sociedade por meio de “deepfakes” e roubos de identidade.

Contas falsas totalizaram prejuízos econômicos de US$ 70 bilhões em 2019 e a tendência é que aumentem ao longo do tempo. A condição humana pelo viral resultou em vírus digitais — notícias falsas — cuja velocidade é seis vezes mais rápida do que a de notícias verdadeiras.

Essa tendência tem sérias consequências.

Parte 2

Giro da Semana

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