BusinessTimes

WEG (WEGE3): A medida assinada por Bolsonaro que pode prejudicar lucro em até 10%, segundo BBA

06 fev 2023, 16:27 - atualizado em 06 fev 2023, 16:27
WEG
A WEG continuará sendo uma ação sólida e defensiva, disse o Itaú BBA (Imagem: WEG/Divulgação)

Assim como as exportadoras, a WEG (WEGE3) também pode ter os lucros impactados pela Medida Provisória 1.152, conforme avaliou o Itaú BBA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A medida assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) altera a cobrança do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos chamados preços de transferência.

Segundo o BBA, as regras dos preços de transferência devem mudar a partir de 2024. Atualmente, esse mecanismo é utilizado pelas empresas multinacionais, para otimizar sua estrutura tributária.

O preço de transferência refere-se ao preço atribuído quando uma empresa exporta seus produtos para uma subsidiária offshore, que, então, os revende.

O BBA explica que, de acordo com as regras atuais, sob certas condições, as empresas podem legalmente fixar os preços, de forma que a maioria do lucro da transação fique no exterior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com o BBA, a WEG se beneficia disso, por meio de sua subsidiária austríaca, que atua como trading company e, portanto, reduz a alíquota efetiva consolidada.

Como a WEG é impactada?

Em relatório, Daniel Gasparete e equipe dizem que, desde 2015, a diferença nas taxas de imposto estrangeiras representou uma média de 10% do lucro tributável consolidado da empresa.

“Ao subtrair 10 pontos percentuais de nossa taxa de imposto estimada para 2024, nossa projeção final diminuiria em aproximadamente 10%”, dizem.

Ou seja, as novas regras propostas pela medida podem levar a um impacto de 10% no lucro líquido da WEG para 2024. Contudo, o time de analistas do BBA acreditam que essa hipótese seja improvável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A corretora não crê que o impacto da alíquota seja tanto, “já que a MP provocaria apenas uma redistribuição de lucros entre as operações austríaca e brasileira, enquanto a alíquota da primeira continuará a ser menor”.

Sólida e defensiva

O BBA diz que, como a WEG é uma empresa de caixa líquido, a companhia pode considerar alavancar seu balanço para aproveitar um efeito de incentivo fiscal.

Os analistas acreditam que a WEG pode utilizar outras ferramentas, como otimizar seu capital estrutura, para compensar parcialmente o efeito nos resultados.

“Deixando de lado essa turbulência, a WEGE3 continuará sendo uma ação sólida e defensiva, e mantemos nossa classificação de desempenho superior”, disse o BBA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os próximos passos para a MP deverá ser decidido pelo Congresso. Se nada for feito até o dia 3 de março, a MP entra em regime de urgência. Uma vez aprovadas, as novas regras entram em vigor a partir de 2024.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
janaina.silva@moneytimes.com.br
Linkedin
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
Linkedin

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar