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XP e seus R$ 1,5 bi de dividendos: Ação tem potencial de ser uma grande pagadora?

04 set 2023, 16:03 - atualizado em 05 set 2023, 17:43
XP Investimentos; XP Inc
XP anunciou o seu primeiro pagamento de dividendos desde IPO (Imagem: XP Investimentos; XP Inc)

A XP Inc (XP) coroou o seu bom momento na bolsa com o primeiro pagamento de dividendos desde que realizou a oferta de ações públicas (IPO, na sigla em inglês), com uma distribuição de US$ 320 milhões, ou R$ 1,5 bi com base na cotação do dólar da última sexta-feira (1º).

Após disparar 90% no ano, o papel da XP negociado na Nasdaq subia 4% nesta segunda-feira.

O BTG Pactual, em relatório enviado a clientes, recorda que a corretora já havia concluído uma recompra de ações de R$ 900 milhões em 2023.

“Portanto, com esse pagamento adicional, o pagamento total provavelmente poderia chegar a 60%, acima do compromisso de 50% da empresa no início do ano”, recorda.

Os analistas Eduardo Rosman, Thiago Medo e Ricardo Buchpiguel lembram ainda que a XP ainda não decidiu sobre sua política de dividendos (e a XP não está comprometida com um pagamento mínimo para o futuro, mas reconhece que tem muito dinheiro e capital em mãos hoje).

“Dito isso, devemos esperar que dividendos e/ou recompras sejam uma nova recorrente para a XP daqui para frente. A empresa continua altamente focada na recuperação do seu ROE (retorno sobre o patrimônio), o que inclui a melhoria dos resultados através de uma estrutura de capital mais eficiente”, completa.

Segundo cálculos dos analistas, é possível que a XP lucre R$ 5,2 bilhões em 2024, implicando um múltiplo P/L (preço sobre o lucro) de 13,75 vezes.

“Numa abordagem mais otimista, não excluímos a possibilidade de os investidores começarem a precificar lucros próximos dos R$ 6 bilhões no próximo ano, à medida que os mercados de capitais recuperam”, discorrem.

Ainda segundo o trio, se assumirmos um múltiplo de 15x, “o que consideramos razoável”, isso significaria uma capitalização de mercado de R$ 90 bilhões, e ainda uma vantagem muito decente de 25% em relação aos níveis atuais.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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