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Zero de PIS/Cofins na importação de milho ajudará quem não exporta, mas se câmbio deixar

23 set 2021, 16:08 - atualizado em 23 set 2021, 16:16
Porto de Paranaguá
Importação facilitada de milho vai ajudar mais os pequenos que estão fora das exportações (Imagem: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Se o câmbio deixar funcionar, a suspensão de cobrança do PIS/Cofins nas importações de milho pode fazer acontecer para os pequenos e médios frigoríficos, com sistema integrado de produção de aves e suínos, que estão fora do mercado exportador.

Os que estão nesse corredor e já importam, em volumes recordes em 2021, com concentração nos grandes, estão compensados pelo drawback – o regime especial que isenta de taxas os insumos utilizados na produção de bens a serem exportados.

Para 2021, as projeções são em torno, ou mais, de 2,5 milhões de toneladas esperadas, sobretudo da Argentina – e já passam de 1,3 milhão/t no acumulado do ano, segundo o analista Vlamir Brandalizze.

A medida provisória aditada pelo governo, visando sobrepor à escassez e preços altos, depois também da redução para 8% do imposto de importação de países de fora do Mercosul, porém poderia ter vindo antes, há uns seis meses, discute José Antônio Ribas, presidente do Sindicarne de Santa Catarina.

Apesar de considerá-la importante, encontra agora um dólar muito alto, oscilando sempre acima de R$ 5,20, e com viés de alta.

“A alíquota zerada era de 9,25%. Baita diferença que, teoricamente, deve aliviar sobremaneira o custo do milho. Evidentemente que outros fatores, como preço paridade/dólar influencia bastante”, também adiciona Ariovaldo Zani, vice-presidente executivo do Sindirações.

Outra variável bastante apertada é a operacionalidade em relação ao tempo de duração da MP, até 31 de dezembro.

Ribas lembra que os importadores precisam se juntar para formar uma boa carga, um navio pelo menos.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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