BusinessTimes

3 coisas que fariam o UBS BB retirar seu apoio às ações da Petrobras

23 fev 2021, 12:00 - atualizado em 23 fev 2021, 12:00
Petrobras
Transparência: para o UBS BB, governança da Petrobras melhorou nos últimos anos (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Em meio ao pânico generalizado do mercado com a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobras (PETR3; PETR4), o UBS BB se destacou pela convicção com que manteve a recomendação de compra dos papéis ontem (22). Sua posição foi reafirmada em um novo relatório nesta terça-feira (23), no qual listou cinco motivos para ainda acreditar na companhia.

Mas, mesmo para o UBS BB, há erros que a empresa e o governo não devem cometer, sob pena de perderem seu apoio. “Cremos que o Diabo está nos detalhes, e vemos três riscos-chave para nossa tese de investimento”, afirmam Luiz Carvalho e Gabriel Barra, que assinam a análise enviada hoje aos clientes da instituição.

O primeiro escapa ao controle da empresa e do governo. Trata-se de um eventual salto do dólar e dos preços internacionais do petróleo. Parece um contrassenso, já que a Petrobras ganha a vida vendendo petróleo, mas há um motivo para a preocupação. Atualmente, a estatal importa combustíveis para completar a demanda interna.

De qualquer modo, os analistas creem que este é um risco administrável. “Mesmo tomando-se uma perda de US$ 10 por barril de combustível importado e assumindo um volume de 500 mil barris por dia, isso causaria um impacto anualizado de US$ 1,8 bilhão, ou cerca de 4% do ebitda”, estima o UBS BB.

Recaída petista

O segundo risco é que o acionista controlador, no caso, o governo federal, pressione a Petrobras a adotar uma política de subsídios aos combustíveis, repetindo o que ocorreu durante o governo de Dilma Rousseff (2011-2016).

O UBS BB confia na força do estatuto da Petrobras e das leis que protegem os interesses de acionistas minoritários para conter a tentação do governo de interferir na política de reajustes da companhia. “Cremos que o estatuto e as leis protegerão a companhia de perdas”, diz.

O pior erro que a petrolífera poderia cometer, na avaliação do banco, é suspender o processo de venda de ativos, como as refinarias. “Para nós, esta é a questão crítica, mas não temos visto mais comentários a respeito”, afirmam.

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.