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3R Petroleum: atual preço da ação mostra cautela exagerada do mercado

08 jul 2021, 16:03 - atualizado em 08 jul 2021, 16:28
3R Petroleum
O preço do ceticismo: para BTG, cotação atual não indica que mercado não acredita na capacidade de entrega da 3R Petroleum (Imagem: Divulgação/ 3R Petroleum)

A 3R Petroleum (RRRP3) é a ação mais injustiçada do setor brasileiro de petróleo, e não há razões para que valha tão pouco, quando comparada com os papéis de suas rivais listadas na Bolsa. A avaliação é do BTG Pactual, que divulgou um novo relatório sobre a companhia.

“Os preços atuais das ações de R$ 46,2/RRRP3 parecem embutir baixa execução, sugerindo que a empresa não conseguirá nem atingir as reservas de PUD, que podem parecer excessivamente conservadoras considerando a maior simplicidade das operações ‘onshore’”, afirmam Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Bruno Lima, que assinam a análise.

No setor petrolífero, reservas PUD são aquelas que já foram comprovadas, mas que ainda não foram desenvolvidas. Assim, para o BTG, na prática, o mercado exagera ao apostar que a 3R Petroleum não conseguirá sequer aproveitar as jazidas que já possui.

“Poder de fogo”

O trio de analistas lembra que, recentemente, a petrolífera captou mais R$ 800 milhões, por meio de uma oferta subsequente de ações (follow-on). Os novos recursos representam “poder de fogo adicional para financiar seu crescimento inorgânico sem sacrificar o aumento da produção orgânica”.

O banco acrescenta que, após o IPO, a companhia já realizou três aquisições, o que elevou sua produção, em um cálculo proforma, para cerca de 16 mil barris equivalentes de óleo por dia. “Acreditamos que há mais por vir”, afirmam os analistas.

Fazendo coro com outras instituições, o BTG reiterou que o plano de desinvestimentos da Petrobras (PETR3; PETR4) é uma boa oportunidade para a expansão inorgânica da 3R Petroleum.

O banco também elevou o preço-alvo dos papéis de R$ 53 para R$ 80, a fim de incorporar em seu modelo as recentes aquisições da Duna Energia e de Peroá. O novo valor embute uma alta potencial de 73,2%, com base na cotação de referência utilizada pelo BTG. Os analistas reforçaram sua recomendação de compra.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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