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5 small caps do agro para ficar de olho em 2023, segundo XP

11 abr 2023, 15:26 - atualizado em 11 abr 2023, 15:26
Irrigação Lavoura small caps agro
Com o fim dos resultados do 4T22, a XP tem uma boa perspectiva para os papéis do setor de sucroenergia (Imagem: Pixabay)

A temporada dos resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22) acabou. Na semana passada, você acompanhou aqui no Agro Times um resumo das empresas de frigoríficos, alimentos e sucroenergia, assim como a recomendação da XP Investimentos para as ações do setor.

Nesta semana, o Money Times conversou novamente com a corretora, desta vez para debater sobre as small caps recomendadas do universo agro.

4T22

Na visão do analista da XP Leonardo Alencar, Jalles Machado (JALL3), 3tentos (TTEN3) e Agrogalaxy (AGXY3) apresentaram bons resultados no último trimestre do ano passado.

“A Jalles Machado, em função da incerteza na retomada dos tributos de combustíveis, optou por queimar estoques, acelerando as vendas e reduzindo os estoques de todos os produtos processados para não ficar na incerteza da retomada dos impostos, tornando o 4T22 positivo para a companhia”, avalia Alencar.

A Agrogalaxy, segundo o analista, apresentou um resultado forte, dentro do esperado, em virtude do crescimento da empresa.

“Vale lembrar que a companhia realizou três M&A (fusões e aquisições) e depois fez seu IPO (oferta pública inicial de ações). Após isso, outras três M&A expressivas aconteceram. Portanto, com essa continuidade na abertura de lojas, agora com uma base muito maior, a venda de insumos passa a ter uma base mais expressiva. Além disso, houve um aumento da receita de produtos com maior valor agregado, que é a parte de biológicos”, explica.

Já a Vittia (VITT3), em função de atrasos e com produtores segurando vendas, BrasilAgro (AGRO3), por conta do impacto da quebra na produção de cana-de-açúcar no Maranhão e queda na venda de grãos, e a Boa Safra (SOJA3), que teve queda na venda de sementes, apresentaram resultados abaixo do esperado no 4T22.

Perspectivas 2023

Segundo Alencar, impactos macroeconômicos, como a questão climática e as vendas abaixo do esperado, não alteram as boas perspectivas para Vittia, BrasilAgro e Boa Safra neste ano.

Contudo, o ânimo da XP está mais voltado para o setor de sucroenergia, que, de acordo com o analista, apresenta fatores estruturais melhores, em função dos preços elevados do açúcar, das perspectivas de custos de produção que favorecem a melhora de margem parcial no ciclo 2023/2024 e, principalmente, em 2024/2025, assim como o cenário de recuperação da produtividade dos canaviais.

Recomendação de compra

Para as empresas prestadoras de serviços, a recomendação da XP é de compra.

  • 3Tentos (TTEN3), com preço-alvo de R$ 16,20 e alta potencial de 44%
  • Agrogalaxy (AGXY3), com preço-alvo de R$ 16,10 e alta potencial de 118%
  • Vittia (VITT3), com preço-alvo de R$ 18,90 e alta potencial de 69%
  • Boa Safra (SOJA3), com preço-alvo de R$ 17,90 e alta potencial de 59%

Entre os fatores que favorecem as empresas, há o ambiente favorável com o produtor capitalizado e os novos investimentos em tecnologia que favorecem a Vittia e Boa Safra.

3Tentos e Agrogalaxy, empresas de revendas agrícolas, devem aproveitar um cenário favorável para o ano por conta do crescimento acelerado de novas lojas, principalmente na região Centro-Norte. Segundo Alencar, a 3tentos pode se beneficiar ainda pelo aumento da mistura do biodiesel no diesel.

Para Jalles Machado, a recomendação é de compra, com preço alvo de R$ 11 e alta potencial de 57%.

Um ponto de atenção levantado pelo analista é a atenção que o investidor deve dar à baixa liquidez das ações que impactam essas small caps.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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