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Quais ações de alimentos comprar para ‘engordar’ os seus lucros?

03 abr 2023, 16:39 - atualizado em 03 abr 2023, 16:39
M. Dias Branco alimentos
Para a XP, o setor de alimentos apresentou um quarto trimestre abaixo das expectativas, no entanto, há expectativa de melhora para as ações (Imagem: Divulgação/M. Dias Branco)

A temporada de divulgação de resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22) terminou para as empresas do agronegócio.

Com isso, o Money Times conversou com o analista da XP Investimentos, Leonardo Alencar, para destacar o movimento do setor de alimentos, assim como o que fazer com as ações em 2023 e como foram os resultados do quarto trimestre.

Quais ações do setor de alimentos inserir na sua carteira de ações em 2023?

No quarto trimestre, o movimento para o setor de alimentos foi muito similar com registrado pelos frigoríficos, já que havia uma expectativa de demanda aquecida no período, o que não se confirmou, com leituras negativas para margem e performance, o que frustrou as expectativas.

Segundo Leonardo Alencar, analista da XP, esses resultados foram muito influenciados por conta da pressão nos custos das commodities, especialmente o trigo.

M. Dias Branco (MDIA3) apresentou resultados ruins, piores que o esperado, com a alta nos custos das commodities não sendo repassada para o preço final, o que frustrou e surpreendeu o mercado quanto às expectativas do 4T22″.

Mesmo com o cenário de incerteza para as commodities, a expectativa para a XP, é de uma sinalização de melhora, ainda que a consultoria pregue cautela quanto esse avanço.

Assim, a recomendação para M. Dias Branco é neutra, com preço-alvo de R$ 31,80.

Para a Camil (CAML3), que divulga seus resultados do 4T22 apenas em 9 de maio, a recomendação é de compra, com preço alvo de R$ 12,30. O otimismo com a empresa é maior, porque a companhia conta com um portfólio mais diversificado.

No caso da SLC Agrícola (SLCE3), a recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 58,80. Já para a BrasilAgro (AGRO3), a recomendação é neutra, com preço-alvo de R$ 31,80.

Resultados 4T22

M Dias Branco

A M. Dias Branco registrou lucro líquido de R$ 15 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), queda de 89,7% ante igual período do ano retrasado.

O resultado foi influenciado pela piora dos custos de produção e pelos efeitos da guerra na Ucrânia sobre as cotações de insumos como o trigo.

O Ebitda ajustado, principal referência dos analistas para estimar a geração de caixa, encerrou o trimestre em R$ 121,3 milhões, recuo de 33,6% na comparação anual.

A receita líquida da M. Dias Branco cresceu 27,7% no quarto trimestre para R$ 2,76 bilhões e, no ano, atingiu o recorde de R$ 10,13 bilhões.

SLC Agrícola

A SLC Agrícola (SLCE3) reportou lucro líquido de R$ 132 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22). A cifra é 31,4% maior que a do mesmo período do ano retrasado.

O Ebitda ajustado, principal referência dos analistas para estimar a geração de caixa, encerrou o trimestre em R$ 589,6 milhões, alta de 2,2%. A margem Ebitda ajustada caiu 6,9 pontos percentuais de 37,2% para 30,3% na mesma base.

A receita líquida da companhia saltou 25,6%, para R$ 1,9 bilhão no período, principalmente devido a preços faturados superiores para todas as culturas, apesar do menor volume faturado de algodão, caroço e milho.

Em 2022, a receita líquida foi de R$ 7,373 bilhões, recorde para a companhia.

BrasilAgro

A BrasilAgro reportou prejuízo de R$ 12 milhões no segundo trimestre da safra 2022/2023 (2T23), revertendo lucro de R$ 47 milhões do mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado total no trimestre foi de R$ 17 milhões, queda de 95% ante o resultado de um ano atrás.

A empresa totalizou uma receita líquida operacional de R$ 194 milhões no período equivalente ao último trimestre de 2022, ficando abaixo em 68% do resultado obtido um ano antes.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
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