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A ação de elétrica ‘inegavelmente’ descontada, segundo BofA

06 abr 2023, 19:26 - atualizado em 06 abr 2023, 19:29
Neoenergia
Neoenergia é negociada a 1,27 vez EV/RAB (valor da empresa sobre base de ativos regulatórios) e 5,5 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2023 (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O Bank of America (BofA) cortou o preço-alvo das ações da Neoenergia (NEOE3), de R$ 25 para R$ 21, após incorporar os últimos projetos (R$ 5,5 bilhões em greenfield – novos – em transmissão, com Taxa Interna de Retorno – TIR – real estimada em cerca de 6%), os resultados recentes e as revisões tarifárias, além do ambiente macro de juros elevados.

Segundo o banco americano, o valuation da Neoenergia é “inegavelmente descontado”, com a companhia negociada a 14,8% TIR real, o que implica 830 pontos-base de prêmio de risco e 250 pontos-base de desconto em relação aos pares.

“Historicamente, a Neoenergia ofereceu um dos maiores prêmios de risco no setor, o que, em nossa opinião, é explicada por: 1) preocupações com alocação de capital, após iniciativas de crescimento com retornos apertados; e 2) limitada liquidez da ação”, afirma.

Em múltiplos, a Neoenergia é negociada a 1,27 vez EV/RAB (valor da empresa sobre base de ativos regulatórios) e 5,5 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2023.

Além da alocação de capital, o BofA enxerga outro fator pesando sobre a ação até o fim de 2023: riscos regulatórios, visto que os termos de renovação de concessões para distribuidoras pode aumentar a percepção de risco, provocando um risco de downside (queda) para o cenário-base dos analistas.

Porém, a recomendação segue como “compra”. Segundo o BofA, o valuation descontado da Neoenergia implica uma assimetria de risco positiva nos níveis atuais.

“Um processo de desalavancagem e a expectativa de corte nas taxas de juros podem ajudar na retomada da ação”, avalia o time de análise do banco.

O BofA completa dizendo que o maior potencial de gatilho para os papéis da empresa elétrica é a evidência de disciplina de capital nos próximos leilões de transmissão de energia.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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