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A elétrica com “dividendos crescentes” que podem render até 14%, segundo analistas

11 jul 2022, 15:00 - atualizado em 12 jul 2022, 10:52
Hidrelétrica
Pelos cálculos do JPMorgan, a CPFL deverá distribuir um rendimento de 14%  (Imagem: REUTERS/Washington Alves)

As elétricas são famosas por pagarem bons dividendos e serem resilientes e esse parece o caso da CPFL Energia (CPFE3), holding controlada pela chinesa State Grid.

Murilo Breder, analista do NuInvest, lembra que a empresa tem o título de maior operadora de energias renováveis do Brasil, além de ser uma das maiores distribuidoras de dividendos do setor de energia elétrica da bolsa brasileira (B3), que vem em níveis crescentes desde 2016.

“Isso só é possível graças à robustez da sua política de dividendos, onde anualmente deve ser distribuído no mínimo 50% do lucro líquido ajustado”, completa.

Pelos cálculos do Goldman Sachs, a CPFL deverá distribuir um rendimento de 14%, oferecendo uma combinação de um braço de geração altamente contratado, praticamente sem exposição ao GSF (medida de risco hidrológico), e distribuição premium áreas de concessão e com baixa alavancagem.

CPFL: Dividendos agressivos

Ainda segundo Breder, a política de distribuição de dividendos da CPFL Energia é agressiva e estabelece que seja distribuído anualmente no mínimo 50% do lucro líquido ajustado em forma de proventos.

No primeiro trimestre deste ano, foi divulgada a destinação do lucro líquido de 2021, considerando o pagamento adicional de dividendos no valor de R$ 3.736 milhões, ou R$ 3,24/ação, atingindo um payout de 100%, isto é, a companhia optou por distribuir todo o lucro de 2021 sob a forma de proventos.

O consenso de mercado, segundo dados da Refinit, aponta para um retorno em dividendos (dividend yield) de 11,5% para os próximos 12 meses.

Riscos

Entre os riscos da CPFL, o analista cita a inadimplência causada pelos clientes de baixa renda, que impactou a companhia no início de 2022.

O problema foi agravado pelo aumento das tarifas causado pela hidrologia desfavorável em 2021, que forçou o uso da
bandeira vermelha, somado ao desemprego e a elevada taxa de inflação.

“Agora, a tendência é de estabilização da inadimplência para os próximos meses com o fim da bandeira vermelha anunciada em abril. Embora, mesmo com a redução da tarifa com o fim da medida emergencial, ainda não haja perspectivas de um declínio desses índices, para minimizar os efeitos, as concessionárias fizeram planos de parcelamento para que os consumidores inadimplentes conseguissem regularizar seus pagamentos”, completa.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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